quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vá em frente

"Turn the page"

É, por mais que eu veja tudo, não consigo me desvencilhar da idéia de teste; da idéia insana que somos avaliados dia-a-dia, tal como ratos de laboratório ao serem cobaias de alguma experiência científica desprovida de razão. Tudo que acontece acaba sendo somente detalhes: cada sorriso, cada sentimento, cada coisa de bom ou ruim que se passa, tenho a legítima impressão que está sendo observada, vigiada, anotada, passada a limpo, digitalizada em formato ".doc", revista ortograficamente, editada e impressa.

Como se fôssemos ler, ou ver tudo após a nossa morte. Essas idéias me deixam ainda mais cabisbaixo. Será vergonhoso pra mim ver certos aspectos da minha personalidade, certas coisas que eu fiz. Será vergonhoso ver como eu amo Isabela e como eu não fui um bom garoto pra com ela (não a traí, mas ela quer "liberdade" e eu não consigo dar isso pra ela... Eu não sirvo nem pra me desapegar das coisas ou pessoas! sic! Como será na hora em que eu estiver no outro mundo e precisar me desapegar da forma do meu corpo? Eu tenho muito a aprender ainda!). Será vergonhoso... Muito vergonhoso. Espero, sinceramente, não ver Emma-Dayô furioso...

Bem, mas o que eu posso fazer? Acho que a única coisa certa é não olhar pra trás e tentar sorrir: os ventos de primavera, que parecem de outono, os sons dos pássaros e do meu mp4. Ah, brindemos um mundo novo...!(que eu ainda não vi)

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