segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Indústria cultural: cultura/popular X popularesca/

A cultura popular é tida – por mim – não só como um conjunto de princípios e manifestações humanas de uma determinada população de indivíduos que atuam de maneira uniforme em um determinado espaço, é mais:é a própria ação destes seres de maneira tal que seu espírito seja representando, sem que haja necessariamente uma imposição de estilo, forma ou tema – como ocorre no que é tido por clássico/erudito. Ou melhor, quando as relações abstratas de vida são de certa forma condensadas e transpostas, comunicadas para outrem por meio de algum veículo de comunicação. É diferente dos outros conceitos de cultura, pois porque lida exclusivamente com tais crenças e compreensões de mundo, viveres de mundo. É uma forma legítima entendimento, por se tratar de um fenômeno espontâneo – ainda que às vistas acadêmicas pareça, algumas vezes, mal feita ou de mau gosto – feito totalmente integrado intrinsecamente com os desejos e anseios daquelas pessoas.

Contudo, há na mídia um fator chamado de “popular” que não corresponde a isto. É a “cultura popular de massa“, com um ponto principal que é, incertamente se esquecido ou simplesmente censurado, justamente é a parte que insiste em ser massificante. Para diferenciá-la da outra cultura, adotar-se-á termo “Cultura popularesca” e o adjetivo usado será: “Popularesco ( a )” usando do diminutivo de maneira, evidentemente, pejorativa, por representar a ideia de que este conjunto de manifestações é ilegítimo, e, portanto, inferior ao conjunto de manifestações populares.

O conjunto de manifestações popularescas é aquilo que é dito ser popular em prejuízo ao que de fato seja. Este subterfúgio é usado vezes baseado no que é popular, vezes em uma artificialização disso, por meio de algum instrumento de comunicação em massa. Tais elementos são criados para dois fins simples e básicos e intimamente ligados: 1) entretenimento; 2) consumo em massa. O primeiro é usado na privação das massas da posse de um ativo fundamentalemnte humano – capacidade de raciocínio crítico, cerceando as opiniões de todas as pessoas ao que um pequeno grupo, tido como “formador de opinião“, tem como norte em seus discursos. O segundo fator é a base da manutenção do sistema econômico em vigência, no caso, o capitalismo. Na verdade, o “consumo” como sinônimo de “uso final de algo” é visto, de maneiras diferentes, em todas as sociedades humanas, contudo o modelo de de consumo capitalista é especificamente em massa, dada a maneira como a qual as produções são realizadas, em se explorando e usando de mão-de-obra assalariada; os recursos são explorados com a máxima tentativa de obter lucro e eficiência, sem se importar com danos e a eventual escassez dos mesmos, na maioria dos casos, exceto em propagandas de “Responsabilidade social“; e as trocas, feitas: forçando ao explorado usar de parte do que ele trocou pelo seu trabalho pelo que ele mesmo produziu, ou poderia ter produzido com o mesmo, ou seja, criando uma discrepância, muitas vezes absurda, entre o trabalho em si e aquilo que o trabalhador poderia ter feito em se tratando dos valores de ambas as partes.

A relação entre o entretenimento e o consumo em massa se dá pela simples relação respectiva de causa e efeito tomada de maneira cíclica de duas formas: 1) a necessidade de consumo é anterior ao entretenimento; 2) a necessidade de consumo é posterior ao entretenimento. No primeiro caso, se trata de consumo de bens de necessidade primários, aqueles que sem os quais, não viveríamos, como alimentos e bebidas. Já no segundo, há a imposição de ideias por meio da mídia em que se necessita da propaganda da existência e dos benefícios do uso de determinado produto, estes são tomados como bens de consumo, meramente. Neste contexto que se insere o fenômeno da diferenciação do que seja popular do que seja popularesco.

Enquanto o popular é também o universo de necessidade humana de expressão feita fora de parâmetros e moldes artificiais tidos como clássicos e/ou eruditos, o popularesco é a utilização dessa necessidade de maneira a perpetuar o fator de etretenimento que visa garantir a coesão de consumo, ou seja, a paridade entre o produto popular e o produto popularesco, entre a realidade ficcional legítima e a realidade ficcional criada para satisfação das necessidades de manutenção do sistema. Na primeira, há os valores do povo, dos explorados; na segunda, os valores são os de quem explora, quem domina, ou pelo menos, os esperados pela elite por parte de quem seja dominado.

A indústria cultural, portanto, cria o popularesco e o toma como popular. Tal conceito não substitui o conceito de indústria cultural de massa, pelo simples fato que cultura popular está para cultura popularesca assim como o povo está para a indústria de massa. Assim sendo, aquilo que recebe o atributo “popularesco”, tem um peso, em termos de formação linguistíca equivalente ao de “popular”.

Cabe ressaltar ainda a hierarquia moral no juízo de valor estético filosófico entre ambas. Como já afirmado, o que provém do popular é algo bom, saudável e necessário para a manifestação e consolidação do povo como comunidade, porém o provindo da indústria cultural, portanto, popularesco, é um elemento de massificação e uniformização passiva, não de união verdadeira das pessoas que acabe por incidir na identidade de maneira absoluta a ponto de determiná-la.

Todavia, o que se observa com grande facilidade, em tempos contemporâneos, é a unificação de forma espetacular de ambos os conceitos. O popular está sendo tomado como popularesco e vice-versa. Quando um Estado-Nação chega ao cúmulo, por exemplo, de ter como elemento principal de “união popular” os eventos e elementos apenas divulgados pela mídia, acaba por se tornar uma popularização inventada de modos e paixões que, de fato, não interferem diretamente na vida dos cidadãos. É assim com o Carnaval e com o Futebol: acaba-se por ter uma identidade inventada a partir de elementos que a indústria cultural insiste em passar por popular, como se fosse legítma a expressão neste esporte por parte de pessoas que vivem em locais em que haja pouca expressão do mesmo – Estados principalmente do Norte – ou então de gente que passa por enormes privações e acaba tendo o foco desviado de qualquer forma de reivindicação para festejos carnavalescos ou jogos de futebol.

Seria o “Popularesco” análogo ao “circus” da “pax romana”? Absolutamente, a despeito das diferenças históricas – em que o povo romano se via orgulhoso de si próprio por ter o direito de decisão sobre vida ou morte em relação aos outros povos – pode-se inferir com certa tranquilidade que o uso de propagandas repetitivas e a imagem transpassada por meio de eventos esportivos acabam contribuindo para o controle do ócio em vias de entretenimento. Isto acaba tolhendo a capacidade de educação e libertação que tal período poderia proporcionar e, como consequência, vê-se um povo, à medida em que cria a cultura popular, também que se deixa dominar pela cultura popularesca, sendo esta, por sua vez, cria direta da própria manifestação de algum artista – popular – em particular que acaba por se render às formas preconcebidas de lucro, de obtenção de rendas por meio de sua arte. Arte esta que por não ser mais livre, acaba se tornando factível de censura/editoração, pelo simples fato de que um editor ou produtor qualquer pode simplesmente negar a publicação de tal obra desde que não haja “interesse” por parte do mesmo em fazê-lo.

Porém, as grandes empresas, que dominam oligarquizando a cena econômica midiática, em geral argumentam que não publicam – não têm interesse em – determinado artista pela possibilidade de não haver aceitação por parte do público em decorrência de algo chamado “moda” – outro fator popularesco - ou então em decorrência da falta da qualidade técnica do indivíduo que deixa a desejar nos quesitos estéticos do mínimo agradável – sendo este fator, porém, facilmente superado pelo primeiro, pois o primeiro produz somas de vultosos lucros para a corporação que o apóia.

Tal argumento torna-se radicalmente falho ou falacioso porque o meio, a moda, é ditada justamente pela cultura popularesca. Ou seja, o povo pode até gostar de algo colocado pela mídia – sim, pessoas podem fazer escolhas – mas esta escolha foi sobremodo influenciada pelo histórico do que se passa na sociedade em que vivem, bem como de tal forma influenciada pelos inúmeros estímulos diários propagandeados em seu habitat, que não só o produto de expressões populares em arte se tornam produto de consumo como, principalmente, o produto popularesco se torna popular. Como numa fábula qualquer do Esopo, em que algum lobo tenha se passado pela pele de um cordeiro, a massificação entorna a liberdade de expressão de pensamento – potencialmente gerador de críticas construtivas ao sistema – como uma liberdade de expressão propagandística voltada essencialmente ao mundo do “eu” ou das ditas “celebridades”.

O perigo maior disto, no entanto, é não se aperceber da situação, permitindo-se que se cometam excessos contra os direitos de privacidade, gerando uma influência de maneira tal efusiva, que se torna quase uma lavagem cerebral passada por gerações. Porque se omite a verdadeira situação do povo em troca de merchandising, anúncios de propaganda, sensacionalismo, programas medíocres de auditório, shows, eventos e espetáculos que acabam por amortizar a dívida que o Estado tem para com quem sequer entende direito o significado de “Programa Social”. A cultura popular deve ser mantida, incentivada e melhorada, isto, infelizmente, é oposto ao que querem indivíduos ditos políticos, mas que no fundo jamais passaram de aristocratas, senhores de engenho, que mantêm o povo em si, se aproveitando da falta de raciocínio crítico da gente humilde popular – mantendo, nestas terras tupiniquins, uma participação enorme no parlamento, por se tratarem, em sua grande maioria, vindos da Região Nordeste. Estes insistem em manter o popularesco, incentivá-lo e, até mesmo, crer na própria mentira criada senão por eles próprios, ou seus comparsas, por seus antepassados, donde, por sinal, herdaram a arte de unificar e manobrar as massas tornando imperceptível a diferença entre o popular e o popularesco.

PS.: Este efeito, contudo, não é restrito às personagens políticas nordestinas: há uma legião de políticos a Macrorregião Sudeste que morreriam pelo neo Liberalismo.

sábado, 29 de agosto de 2009

Insanidade e falta de Coragem

Outro dia, conversava com uma menina via msn. Apenas porque elogiei os olhos dela e a convidei para sair: a semana inteira que passou ela não mais falou comigo e depois disso, ainda veio o primo idiota cobrando satisfações. É mole?!

As pessoas estão loucas por causa do medo. Está certo que há muita gente estranha nesse mundo, mas nem 10% são psicopatas e os psicopatas não riem, ao contrário de mim. Está certo que tive muitas desilusões. Mas ainda estou vivo: fui ao inferno e voltei - apesar de que boa parte deste mundo ainda seja um inferno, não obstante, como poderia ter voltado de algo em que ainda estamos submersos?

Não há liberdade enquanto houver medo. Falta coragem pra muita gente... Falta coragem principalmente aos bons. Pois os maus, estes apenas seguem è própria natureza. Agora, imagine se aquela moça do começo da minha crônica tivesse tido coragem para interpelar o que não agradou bem no exato momento em que eu não tivesse agradado, mesmo sem querer? Que tipo de adultos estão criando que não conseguem dizer o que sentem? Vejo isto pelas moças com quem tive o prazer de negociar qualquer coisa que se queria amorosa... Tímidas, sem coragem. Assim como sociedade como um todo: acomodadas e de cabeça fácil de se guiar pela visão alheia. Principalmente de boatos e inverdades, naquele papel daquela super amiga fofoqueira, sabe como? Pois então, é o que a mídia faz com as pessoas: comandam-nas usando-se do poder de sugestão e intimidade.

Falta coragem para as pessoas dizerem: "BASTA, eu quero ser deixado em paz...Chega de celebridades: cadê MEU espaço de expressão? Chega de economia e ciências, políticas e tecnologias falsificadas e exibidas nas vitrines luminosas em nossas casas! Cadê os efeitos benéficos dos fatores acima diretamente relacionados as nossas vidas?"

Vivemos num mundo em que ou o adolescente saí e se atraca nas baladas, em promiscuidade excessiva, pois não sabe reconhecer limites, ou então vive em tendências suicidas pois não é bem amado. Equilíbrio e coragem, cadê?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apologia aos limites e às definições I

Afinal, sem definição e sem limites como conseguir o que se quer? Você nem mesmo se conhece, nem sabe, portanto, o que quer. Essa confusão fará querer tudo ou coisa nenhuma. Portanto, aqueles que não se definem são mais frágeis que os limitados... Pois os que têm limites entendem suas próprias habilidades e até onde podem chegar e, quando há crises, entendem os motivos da mesma, podendo agir de maneira coerente e solucionar os problemas mais eficientemente que os indefinidos.

Decreto, portanto, a inutilidade filosófica da corrente massificada de que o ser humano não pode ser limitado. Pelo contrário: os limites e a ordem nos ajudam a atingirmos patamar tão elevado de liberdade que fosse como se não tivéssemos definição.

domingo, 2 de agosto de 2009

Funcionalismo Público

É estranho como coisas acontecem no mundo e não são corretas. Esse mundo é basicamente hipócrita, pra ser bem franco. Não queria que fosse assim, mas as coisas que acontecem são em sua grande maioria movidas pela própria aparência. É assim que formamos uma Nação crassa e cujo maior bem é a propriedade de persistência. Sendo que na verdade essa importância deveria ser a propriedade de consciência e revolução em sentido ético difundido para a população, hoje ignorante. Certo que é necessário educação. Mas aquilo é que me deixa mais indignado é que em pequenas ações há pessoas que têm a habilidade de serem exteremamente hipócritas. Refiro-me especificamente a inspetorias de certas univerdades e serviço público de modo gera,l que tenta impor uma idéia de profissionalismo, aplicando suas regras enfadonhas onde na verdade o que é necessário é simplificação e qualquer coisa, menos punição.

Tanto a burocracia que é enfadonha, tanto as regras que são aplicadas em determinados lugares... E tantos quantos mais forem os problemas; isso não vai terminar enquanto não propuserem uma eficácia completa da punição de todos - veja, eu disse bem: TODOS! - os que cometem erros semelhantes. Por que será que há uma lei aplicada em um lugar, com algum cão de guarda do governo pra cumprí-la e em outros lugares, a mesma é quase totalmente desconhecida? Vivemos nesse mundo totalmente contraditório. Mas muito muito hipócrita mesmo. Também, órgãos públicos cuja maior função é servir ao povo, acabam por se tornarem cabides de empregos e meros instrumentos de aplicação de multas, enrolação de populares, corrupção, má vontade e absurdos sacrilégicos para com a nossa grande Pátria amada.

Enquanto isso, estagiários e recém chegados ao serviço militar são quase forçados à eficiência na maioria dos lugares. Será que os mais novos devem mesmo sofrer, trabalhando pelo o que os mais velhos deveriam estar fazendo? Pela'mor de Deus?! As coisas não estão invertidas, senhoras e senhores? Pois é... E ainda assim não é difícil escutar funcionários sedentários, que fazem a mesma função por anos, tapados, sem a metade da preparação das que os jovens vêm sendo obrigados a ter devido ao extremamente competitivo mercado de trabalho, porém a culpa fuminantemente a qualquer erro que aconteça recai nos pobres dos estagiários. Gente que não entende que estagiário e recrutas estão APRENDENDO...!

Mas esse não é foco. Porque ainda restam muito, muito, muito mais a dizer. Cobram que se faça certo, cobram que seja entregue nos prazos, cobram que sejamos multidisciplinares, que sejamos pró-ativos a maior parte do tempo, mas será que quem nos cobra também é? Uma coisa que eu aprendi com outros exames éticos é que as pessoas não têm o mínimo direito de criticar algo que elas mesmas não são capazes de fazer. O máximo é que elas podem orientar aos mais novos o caminho que supostamente elas acham melhor. Mas mesmo assim, não há direito de imposição, por simplesmente não haver a ação das pessoas.

Voltando aos inspetores, os pobres acabam sendo aplicadores de uma regra mal pensada - pois mais moderna que seja jamais consegue se adaptar realmente às necessidades existentes de uma população por ser complexa - e que é ineficiente junto com sua ineficiência humana que não têm percepção suficiente pra perceber que os casais namorando nos bosques são inofensivos. Mas que os traficantes que ficam nas arquibancadas das universidades - esses sim, são uma afronta a própria Constituição. Mas a quem eles punem primeiro? Aos casais que estão namorando!

Será que a sua moral é/foi bem pensada e seus serviços estão sendo realmente bem feitos? Não questiono as sanções, talvez eles tenham lá suas razões, mas será que sua aplicação é bem feita? Quais prioridades devem existir no final das contas? Depois de conviver com a burocracia do serviço público, eu acabo tendo a impressão de que eles simplesmente agem como todos os outros servidores públicos: fazendo o mais fácil, pensando de maneira limitada e sendo o menos eficientes o possíveis por terem as prioridades mais equivocadas. Afinal, a prioridade é agradar ao chefe ou servir ao povo? Não há resposta certa oposta a servir ao povo. E para servir ao povo é preciso punir e fazer o que é mais urgente. Não o contrário. E é isso que vem ocorrendo na maior parte do serivço público - claro que há excessões, como programas de empreendedorismo espalhados por por aí.

Normalidade...

Há tração de nada, simplesmente perdida em meio a coisas e idéias vãs e fúteis. Grandes pessoas que não sabem comentar nada mais do que "Ahh, fulano é isso, sicrano é aquilo; fulaninha canta bem... E gente! Olha essa foto... " São simplesmente vazias. Seu conteúdo tende a zero, porque tente conversar sobre política ou então um pouco de economia... É muito mais fácil eu conversar com a maioria dos amigos meus sobre futebol do que sobre Deus. E tem gente que ainda me considerava vazio por ter passado algum tempo ligando pra aparência das garotas. (Agora eu sosseguei e vejo tudo muito mais claro.). O tempo perdido com nada poderia ser pensado em coisas úteis. Ou melhor, quem disse que o estudo é necessáriamente útil?! Alguém disse que aquilo podia mudar o caráter de alguém, o que não é fato - alguns criminosos com instrução usam toda a ciência para fazer o mal.


Ah, pois por que eu critico? Não adianta nada. Sou obrigado a me mediocrizar com as pessoas. Falar de coisas normais. Viver coisas normais. Ser normal. Mas a normalidade é do mal. É ingênua e cruel. Não que eu queira a minha excentricidade. É que meu raciocínio crítico não me permite engolir a massa cultural que existe. E eu sempre busco pelo novo, pelo desconhecido. Bom, desde que não repetitivo. E o que é novo, às vezes é o que é velho. Interessante: as pessoas não conhecem o passado e insistem em tentar discutir o que viram noite passada na TV, na novela.

Ser normal acaba sendo necessário. Saber da cultura pop é um pré requisito para ser aceito em grupos de amigos. Grupos sociais que permeiam o nosso mundo. Ok. Resigno-me a minha insignificância: vou ter que estabelecer pequenos passos para mudar o mundo e não ir direto na Revolução.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Arte - conceito

Não há consenso em relação a arte; alguns a relacionam intimamente com as belas formas e aquilo que é agradável ao ser humano, por serem peças únicas. Mas, isso não faz sentido, pois a arte é algo que tem em si mesma, algo que a possibilita em cópia e no entanto, sempre que se vir tal peça que for copiada, se lembra do autor original. E somente belo, pode não ter o sentimento de arte, é mais provável que seja nada mais do que um artifício para a execução da venda de tal artigo.

Cruel esse nosso novo mundo, ditado por convenções gritantemente hipócritas. Parece haver algo ligado ao gênio criador da obra, mas ao mesmo tempo, esse ato de criador se esvai e se torna irrelevante, tendo em vista a popularização alguns conceitos. As frases de efeito, os designs arrojados de carros, cadeiras e estabelecimentos - verdadeiras obras-primas assinadas por publicitários, designers, arquitetos e por aí afora. As pessoas fazem bonito, apenas com o intuito de agradar o mercado, o chefe ou algumas pessoas ao redor. Nunca para dizerem exatamente aquilo que pensam sobre determinados problemas. Usa-se da arte como mero instrumento pessoal.

Será a arte entretanto um sistema ligado a apenas produção? Talvez, se observarmos o apelo conceitual do termo que deriva do latim e que nesta língua antiga tinha como função principal uma espécie de sinônimo com a própria palavra técnica. Mas isso seria negar os séculos de sua evolução como um sistema independente cujo modo pelo qual se fazia arte, apesar de subordinado a alguma divindade, ou alguma idéia mais mística aos poucos se transformou num meio de lutar contra a opressão que se fazia a idéias mais científicas.

Seria arte uma mera abstração da cabeça de alguém? Ou seja, saiu da cabeça do artista, é novo, é criativo, é arte? Não... Se fosse assim, toda ciência também seria arte. Seria arte um produto de consumo? Não. O produto de consumo é naquilo que a arte se transformou, não o contrário. Tudo tudo nesse sistema pode ser comprado: toda forma de arte age como propaganda... Toda forma de arte mesmo? Impossível saber. A arte de Deus? Bem, a arte humana ou a arte das coisas naturalmente criadas? Difícil saber... Pois se a arte exige um aspecto humano, como pode haver arte advinda de Deus? Mas se os humanos foram mesmo criados à imagem e semelhança divina, logo Deus, por inferência, é capaz de arte. E sua Arte é a simplesmente TODA A GRANDE NATUREZA - não porque seja somente funcional, mas também porque o ser humano vê aquilo como belo e proveitoso.

Entretanto, este não é o ponto. A arte... Cadê a arte? Ela existe? Será um produto singular saído da mente de alguém, passível de reprodutibilidade? Arte... ARTE. Como é possível?

Princípios da arte

Decreta-se o fim da arte... Mas lá vem alguém falando de arte! Um mundo líquido como o nosso, em que tudo é extremamente dinâmico, como reivindicar que qualquer coisa seja duradoura? Em que sentido se pode usar um artifício? A arte é um suplício!

Só pode haver arte se esta representar um ideal. Porque a forma pelo nada, o conteúdo sem sentido, a bela forma sem espírito, não passa de coisa morta. Esteticamente bem postada, mas artisticamente inexistente. É como encontrar a moça dos seus sonhos em termos de beleza, mas se aperceber que esta seja extremamente fria na cama e no lido da vida diária. Portanto, arte precisa representar uma idéia. Não tem como negar essa associação... Algumas artes APENAS representam idéias. E essas podem ser chamadas de idealistas, portanto. São estas as ilustres pinturas abstratas, bem como os poemas. Apesar de suas formas, o que grita neles é o sentido. (afinal é impossível que haja sentido sem forma material.).

A Arte precisa de técnica. Precisa se manifestar de alguma forma, seja esta manifestação desenhada, falada, gravada ou escrita. Porque se não for assim, a arte não deixará de ser apenas uma ideia na cabeça de alguém e não cumprirá jamais a função de comunicar a ideia, a mensagem. A arte subentende também a comunicação, entretanto, é uma comunicação subordinada à ideia tal como ela é. Não a comunicação que visa ser clara, intentando o bom entendimento por parte de quem recebe a mensagem... O artista passa a ideia. Entretanto, esse mesmo artista pode ver a beleza de sua arte na tentativa proeminente de forçar as pessoas a raciocinarem, ajudando-lhas em sua inteligência e educação.

A arte não precisa ser necessariamente singular: basta ser plausível. Ou seja, toda ideia que pode ser defendida, é comunicada. Por isso que arte se relaciona às pessoas por meio de expressão de ideias e sentimentos. E essa comunicação pode ser feita de diversas maneiras. Assim sendo, há arte na propaganda: há ideias a serem defendidas e divulgadas, com determinada clareza, é claro, expressada por meio de determinada técnica.

A arte não precisa de verossemelhança. Tanto é verdade, que ela não só dispensa tal, como tal também pode ser fator básico de sua existência. O que ela necessita é da visão de como as coisas poderiam ser e o registro disso.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Debate sobre Religião e Ateísmo!

Não importa quantas provas de a existência ou inexistência de Deus mostrarmos para ateus ou teístas, respectivamente.

Não importa.

Assim como não faz sentido discutir o sexo dos anjos, ou a posologia do buraco de vento, as pessoas teimam em arranjar debates para se demonstrarem corretas. Mais próximas do real, sendo que, no entanto, seus referenciais são equivalentes, dessa forma, suas visões de mundo têm valores iguais.

O fato é que somos uma unidade de diversas dimensões. Um pensamento único que se divide ou se multiplica se tornando diverso, derivado das nossas próprias sensações. A realidade é contínua, padronizada na maior parte das vezes, e apenas pode ser analisada na extensão dos pensamentos de cada um, os quais por sua vez, são limitação e limitados ao mesmo tempo pela lógica daquilo que se tem como real. O que dá como implicação prática a inexistência da objetividade absoluta. Ou seja, há inexistência da própria objetivadade, tendo em vista que para que esta exista é necessário que se tenha uma lógica tida como correta por ser provável e evidente - ou seja, absoluta - isto em qualquer meio, sob qualquer circunstância. Porém isto é impossível: aplicando qualquer exame mental, sob dadas circunstâncias, mesmo a ideia tida como mais verdadeira, como mais próxima do certo e do real, pode falhar, pode se tornar absolutamente errada.

Como a subjetividade se dá, em seu sentido primeiro, como uma objetvidade relativa ao sujeito, relativa ao observador ou ao observado, então toda a descrição da realidade acaba se tornando, simplesmente, uma esfera de pensamento: um modo de ver o mundo que pode ser explicado de diversas maneiras. Até mesmo, incitando a ausência de explicações - o que acaba sendo outra forma de tentar dizer o que é.

Portanto, diga o que quiser, passe o que passar...
Discuta o quanto quiser: a realidade de cada um é a mais pura verdade para aquela pessoa. A VERDADE Absoluta existe? Sim... No parâmetro suficiente da inexistência de erros. Mas o que são erros? Imprecisões, incoerências, insatisfações, contradições? Não será por ser simples e contraditório que este raciocínio se torna belo e impressionantemente verdadeiro? Vejo isso em poesia - dos grandes poetas - quase o tempo todo quando paro para ler. Há de fato qualquer coisa que possa ser chamada de erro? A tentativa de evitar erros é incoerente na medida em que nosso modo de ver objetivo é relativo, portanto subjetivo, assim sendo, é impossível por não saber, por não fazer ideia, dizer simplesmente "não sei". Exceto em casos de completa ignorância, o mais sensato seria dizer que se tem uma ideia, mas não se tem certeza. Em discussões filosóficas embasadas em empirismo, pode até ser que não tenha certas provas, no entanto limitar-se a observar como se não soubesse, calcado na 'ignorância' é, de certa maneira, algo ardilosamente arquitetado para disfarçar a real natureza daquele experimento que já foi iniciado com algum propósito.

A postura agnóstica faz-se portanto insensata: crer que não sabe e esperar pelas comprovações já é uma posição e por si só uma crença e portanto pode ser incoerente, imprecisa, insatisfeita, con . Ou seja, não saber é crença tanto quanto o saber científico ou o saber religioso - ambos tão válidos quanto. Embasar-se apenas em dados concretos limita a visão do sujeito... Porque nada é na verdade concreto: é misto de energia condensada com o sentido que você quer dar para aquilo.

Se Deus existe? Diria que não, se não O sentisse. E não é indução do meio social- talvez apenas a escolha da religião o seja, mas a minha religiosidade é um fator que seria independente da religião que professasse - até mesmo se fosse ateu, me tentaria a crer em coisas místicas. E pela fé tenho forças... Mas desconsideram isso. A experiência mística e a razão instrumental parecem inimigas eternas e aliadas num mesmo xadrez infinito e espiral. Uma não existe sem a outra: em algumas épocas uma prospera e em outras, outra.

Vive-se numa correr cíclico: apolônio e dionisíaco. O que a "ciência" faz? Disfarça a enorme falta de compreensão do ser humano sobre si mesmo. Sobre o mundo. Utiliza conhecimento para alienar. Usa do saber para tirar... E isso, isso não admitimos.
O que a religião faz? Exatamente o mesmo...
Opa! Peraí?! Será que o grande problema são as coisas - digo, o estudo sobre as coisas - ou observador dessas coisas? Qual será o prisma correto? Ateu ou teísta?

Particularmente creio em DEUS. Aquele que é. Como é. Em tudo... Dando seu calor e movendo o Universo pelo tempo e espaço. Iluminando o caminho das pessoas de missão maior e guiando a Evolução, dando aval ao lado científico com as mutações e a herança genética de toda forma viva.

Mas, o que dizer? Há pessoas que negam veementemente Deus. Descrença pode ser pior que crença e crença pior que descrença... Depende a pessoa, o momento, a ocasião. Quero dizer, no fundo no fundo...:

Talvez não haja um só homem na face da Terra que haja sequer metade como as religiões - todas - dizem que é pra agir em voz uníssona (não, não falo de maneira alguma das divergências, mas sim dos acordos, das convergências). Portanto os efeitos da crença ou descrença não podem ser medidos por visão objetiva e cartesiana... Não mesmo. Como diria Galileu: todos os referenciais são equivalentes apenas bastando a sua escolha para aquele no qual você se sente mais confortável ou que você descreva melhor o fenômeno.

Concluo portanto, que nenhuma das ideias que vem de fora valem. A história de tudo pouco importa. Não importa os raciocínios lógicos. Não importam tudo quanto digam... São palavras vazias, vãs. As teologias, as ateologias no fundo, no fundo, de nada servem. Não importa a Bíblia ou os tratados de Darwin: eles falam sobre as mesmas coisas... As pessoas não entenderam isto e ficam se atacando como se fossem ideias ou ideais totalmente opostos!

A única coisa que pode salvar o ser humano é sua ação em prol do bem de seu semelhante de acordo com suas crenças, princípios e valores. Mas, o que pode julgar esse modo de agir? Como somos todos falíveis, não podemos nos dizer infalivelmente quem é certo ou errado. Nem usar a lógica para tal - nossa lógica acaba falhando como nós mesmos. Dessa meneira, é que o verdadeiro teísta jamais deveria julgar, ou recriminar alguém, mas estar aberto sempre às discussões.

E, de qualquer maneira... Isso também pouco importa.
Importa mais a resposta de uma simples pergunta:

"O que de bom você fez hoje?"

Mas o que é bom, afinal? Sobre qual parâmetro? Afinal, o bem e o mal são objetivamente relativos. Dependem da ocasião e da sua forma de agir em resposta à ocasião, muito mais do que da forma de pensar. O pensamento se torna reflexo.O único parâmetro de Bem e Mal Absolutos é/seria o Ser Absoluto. E este é Verdade pra mim. Mas não para os outros... Ou seja, seria eu o esquizofrênico? Ou será que eu vivo num mundo doente? Bem, vejo por aí gente egoísta, consumista, grosseira: quando percebo isto eu me sinto mal. Quando eu ajo assim, também.

Como esse comportamento individualista é estimulado por nossa sociedade materialista (não que a falta de etiqueta seja algo difundido...: mas sim, o comportamento egoísta que é), então me pergunto: Será que nossas crenças valem algo para nós mesmos? A discussão entre crença ou descrença faz sentido? Volto a bater nesta questão. O ateísmo pode gerar mal e esta lógica é sensata, bem como o teísmo, também pode gerar mal... Porém, o que é mais interessante é que ambos concordam que se as pessoas vivessem guardando os preceitos religiosos a religião, na verdade, não precisaria existir. Se todos fôssemos infalíveis não faria sentido fé alguma. Então Deus ou a ausência dEle não precisaria ser sequer mencionada: afinal, estaríamos agindo, TODOS, como Deus quis - para o bem social - e não como o ego de cada um quer.

Por fim, volto a deixar apenas umas perguntas: o que é bem? é apenas o que mantém a vida? E o que dizemos manter a vida realmente mantém? Ou procuramos ofegantes desesperadamente uma sobrevida apenas? Enfim:

O que de bom você fez hoje?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Resumindo a história de toda banda emo da atualidade.

-T: Amo essa música *-*
-H: Essa de título barroco aí em cima?
-T: Ahaam
-T:" Em cada dia da sua vida,
você vai chorar
lágrimas sofridas que não vão somar um décimo do que eu sofri!"
hashahshasahsh
-H: Que dramático, drama por drama, prefiro snuff.. do slipknot.
hauhauhauha. Ou um bom tango argentino
-T: shashashashash
[...]
-T: Eu vou ser alguém que te faz sorrir
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Quando você precisar
De alguém que não vai mentir
Que não quer te magoar
Own [*-*]essa música é a melhor!

-H: Bem...Eu já escrevi um poema derrubando esse soneto.
Digo.Eessa música. (soneto é o que vc tá ouvindo dã)
hauhauahuahauhauh .Lembra? "eu não vou ser,
Eu sou" e por aí ia...

-T: Ah. ahsahsah. Lembro

- H: Eu acho que esses caras tinham complexo de sujeito mal amado!
ahuahuahauhahau. Nada contra as músicas deles...Mas pra quê todo esse drama?
Pra quê usar esses verbos no futuro e não no presente?

-T:hashahsahs .Pq ele ainda não é: ele quer ser! ashasashahs

-H: Então, se ele quer ser é pq ainda não pode ser. Se não pode ser, isso pode ter gerado uma reação e, lá no fundo, ele nunca vai passar de querer ser. Tá no subconsciente e registrado na letra.[;D].Dessa maneira, pode-se concluir que esses caras eram tão nerds quanto eu e viviam levando fora na escola!
Daí cansaram dessa vida, se juntaram, formaram uma banda e foram fazer músicas depressivas pra ganhar dinheiro. Porque descobriram que tem muita gente depressiva por aí no mundo também.
[;D]

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Patriotismo

"Sapere Aude", Kant.
"Bem aventurados aqueles
que amam essa desordem" - Múmias, Legião Urbana


Rezam os senhores do sistema que ser patriota é amar a pátria além de tudo, apesar de todos os pesares! Ser civista é obedecer as leis dessa pátria e, acima de tudo, sempre procurar servir a mesma naquilo que for necessário. Rezavam os gregos que uma pátria democrática era aquela em que todos (por favor, os cidadãos livres, o que na nossa sociedade são todos mesmo, mas naquela época eram apenas os que tinham posses e do gênero masculino) poderiam participar, dar suas opiniões. Submeteria, de verdade mesmo, a resoluções tomadas em consenso. Os antigos gregos - eles eram mestres nisso - tinham mesmo razão e criaram um sistema que se tornou aspiração de toda a sociedade judaico-cristã ocidental (pra usar os termos do Casseta&Planeta rs), pelo menos uma deturpação disso.

Dizia Durkheim que a sociedade é regida pelos fatos sociais, ou seja as leis que eram estabelecidas, independente de como as mesmas sejam impostas. Não faz sentido, entretanto, que alguém siga leis que sejam opostas ao seu ímpeto de espírito, as suas escolhas ideológicas e partidárias, sendo, portanto, um absurdo ser obrigado uma determinada faixa da população em detrimento de outras a fazerem algo, mesmo que os costumes arraigados daquela sociedade submetam o indivíduo àquela condição. Neste caso, porém, uma parte continua pelo menos incoerente, pois como ser obrigado a algo que não escolhi? Escolha era algo que deveria ser tratado com mais respeito em nossa sociedade. Uma decisão mediante lei, por exemplo, é algo que uma oligarquia, supostamente representante de milhões de pessoas, impõe às mesmas. E não importa, eles estão lá para nos representar e fazem algo pelo povo?

Obviamente que isso vem por um conjunto de fatores que se reforçam pelo modo como fomos colonizados, pela maneira com que exploraram as terras e continuam explorando. Desde que mataram os primeiros índios ou então os enganaram em troca de pau-brasil já começou a idéia de que essas terras são de ninguém e que se pode fazer o que quiser por aqui. Isso continua, principalmente para os descendentes desses sujeitos. Engajando-se numa força de "Guarda Nacional", por meio de troca de favores com os pressupostos donos das terras, granjearam um espaço na cena nacional, tornando-se pessoas importantes e influentes tanto política como economicamente. Passaram os anos. O Brasil pediu independência porque Portugal contrariou os desejos da elite econômica -aquela aristocracia que veio se perdurando. E a 'democracia' já se desenhava paralela àquelas práticas. Havia rei, sim. Mas os homens de posse discutiam o que valia ou não em suas terras. Isto foi passando pelos diversos regimes - império, república e ditaduras... - tudo permaneceu absolutamente igual politicamente falando em alguns recantos esquecidos por aí. Mudaram os meios, mudaram alguns valores, mas a idéia básica de representação se mantém.

A representação é muito útil. É a representação deles mesmos, manipulando os desejos da população para que tenham suas necessidades supridas. Por isso, tomam medidas incoerentes e descabidas. Não concordo com isso. Esse é o primeiro e principal ponto de decepção com a Pátria. Dele derivam todos os outros aspectos a seguir.

Em decorrência do egoísmo das pessoas que usurpam a liberdade, aumentando sobremaneira a própria - pois liberdade em nossa sociedade é medida por $, ou melhor, unidades monetárias... - obviamente que a manutenção de tal condição se faz necessária, até pelo fato da comodidade e do secretamente auto proclamado sangue azul de realeza dessa gente. Então, raciocinam: 'como uma casta pode se manter portanto tempo no controle de países como a honrosa Índia? Por que não fazer o mesmo na Terra Brasilis?'

Assim começa o plano de ações coercitivas. Começa a obrigatoriedade do voto, a obrigatoriedade do serviço militar e do ensino. De trás para frente - pois é esta a lógica da minha Pátria - deturpam o ensino para que o sujeito seja apenas um semianalfabeto em condições ideais para se tornar um excelente cortador de cana, ou então para servir senhores coronéis que têm a estigma autoproclamada de senhores feudais. A partir disto, começam eles mesmos a legislarem de acordo com as próprias necessidades, sempre acobertando o jagunço e o capataz. Pois então forçam as pessoas a votarem, mas como votariam sem terem condições para isso? Sem saberem discernir? Não tiveram o mínimo preparo para isso. Dessa maneira, ao invés de ações tomadas com relação a fins ou a valores, em sua maioria, decisões mais racionais e dignas de bom senso, o que ocorre são pessoas agindo de acordo com o sentimento ou as tradições nas quais estão submersas (pra quem conhece ou tiver curiosidade, estou expondo a espinha dorsal das idéias weberianas). Muito perigoso, pois emoções se manipulam - a Disney faz isto, a Globo faz isto, a Toyota, o mesmo, IBM, também, Petrobrás, a mesma coisa, Natura, Boticário, Mormaii, Rebook, Nike, Adidas, Kellog's, Kraft Foods,Microsoft, Wal Mart Supermercados... Enfim, empresas de um modo geral fazem isto. Também fazia o mesmo, os regimes fascistas, socialistas... Também faz os neoliberais, keynesianos, etc.- e as tradições se obedecem cegamente: não há raciocínio sobre o que será feito.

Então, o que vejo são pessoas expropriadas da sua capacidade de pensar de modo que sejam suficientemente capazes para fazer o que lhes mandam e, do mesmo modo, dóceis para suportar todas as ordens sem questionamento. Dociliade é algo bom, mas quando é de modo voluntário e não involuntário como acontece com o povo. São dóceis pois não sabem, não porque concordam com aquilo que lhes passa. Aí surge a necessidade de alistamento militar. Lavam a cabeça dos guris capazes entre os 18 e 23 anos, para que se mantenham as nossas "tradições". O que é totalmente desprezível, tendo em vista que em 500 anos de história, o Brasil mesmo nunca se envolveu numa guerra com países de fora. Exceto pelo Paraguai, o que não foi uma guerra - foi um massacre. Por tradição, pensando à fria luz da história, o Brasil não deveria manter um exército fixo, pois são poucas as guerras em que se envolve.

Claro que há a oposição da extinção do exército perene. Além dos próprios oficiais muitos, que sugam o dinheiro do contribuinte, sem sequer terem dado um tiro, há o fatídico argumento das fronteiras fracas, que necessitam de proteção; estas poderiam ser guardadas por tropas de elite das polícias militares estaduais, selecionadas mediante concurso e, claro, com treinamento especial para a mesma. Além deste, há também o da proteção dos interesses, patrimônio e recursos naturais. Bem, tal argumento se torna inócuo frente a possibilidade se o próprio Governo, ao invés de colocar gente "oficial" para fazer isso,investisse em ciência e tecnologia, dando suporte efetivo (recursos significativos, como defesa - por meio do pessoal especificamente treinado- e gordas ajudas de custo), para os cientistas que se propusessem a estudar a Amazônia, por exemplo.

Mas claro, no Japão, o exército funciona exporadicamente mediante a convocação de oficiais em virtude de guerra. Todo material do exército - como aviões, carros blindados, cavalaria, armamento - por inferência acabem reforçando as polícias estaduais, aquelas que necessitarem. Mas claro, há tamanha desconfiança que isso possa gerar uma revolta - pois as leis as quais nos submetem não são as mesmas as quais estamos acostumados a seguir corriqueiramente - contra o sistema em que os Estados da Federação se separem por meio da luta armada. Até concordo com essa idéia - seria como pedir independência das oligarquias que dominam e emperram essa Nação, entretanto, não aconteceria em umas 5 gerações, pelo menos, pois já estamos nos condicionados a ver o Brasil como "PÁTRIA" e análoga a qualquer coisa que o povo chame de "LAR".

Bem, mas este é apenas o topo do problema. O buraco é muito mais embaixo. Muito. Diria que as Terras Tupiniquins precisam de um reforma, a começar na educação, em que o sujeito precisa ser preparado a pensar, a fazer escolhas próprias e não a repetir, repetir e repetir - como tanto fazem ainda em muitas escolas por aí. Mas claro, falta comida pra essa gente miserável. O espaço em que se planta soja, milho e cana, deveria ser abolido. Não que se tenha de acabar com o cultivo desses gêneros, mas se 20% da área agricultável desses grandes proprietários, se se voltasse para gêneros de grande necessidade, seria visível e proeminente a mudança a queda nos preços nos mesmos, sendo passível até de distribuição de cestas básicas.
E, cadê o exército para garantir a alimentação dessa gente? Para cobrar o serviço militar obrigatório, eles são muito eficientes, para dar R$ 10 000,00 para oficiais aposentados que nunca participaram de uma guerra, eles são muito eficientes... Mas para o povo, nada! Grande patriotas eles são! Esfacelaram o país no período de ditadura - nunca ouvindo a oposição e sempre gastando mais do que em caixa - com obras monumentais - muitas delas até hoje nunca concluídas. Mas pelo povo diretamente, não foi feito muito. Coronéis e descendentes da extinta Guarda Nacional ainda mandam no Nordeste e hoje são deputados, senadores, ministros.

Outra coisa: será plausível dar 1/4 do ano para um Governo que lhe traz muito pouco em retorno? Luz, se paga, água, se paga, transporte público, se paga... Veja, coisas que são "PÚBLICAS", por definição, são do POVO. Então, por qual lógica temos que pagar por isto? Sim, se já temos uma onerosa carga de tributos, por que não usá-la efetivamente. Pode-se argumentar com relação a inadimplência. Aquela velha tese ufanista que diz: "Se todos pagassem seus impostos em dia, não teríamos uma carga tributária tão alta". Eu digo em contrapartida que se todos ganhassem o suficiente para pagar impostos, os mesmos poderiam ser reduzidos, pois haveria o aumento na satisfação das pessoas de pagarem os impostos por terem serviços públicos eficientes em contraste a uma renda maior. Além disso, se ao invés de três centenas e meia de deputados e parlamentares, houvesse participação na câmara proporcional a quantidade de pessoas - independente do Estado - e se fosse abolido - repito - ABOLIDO, o Senado, haveria um corte de custos providencial. Algo ao redor de alguns milhões de reais seriam economizados todos os meses.

Por enquanto, não posso me conceituar como patriota: não consigo amar essa desordem, não sou tão bem aventurado. Ou então, ouse saber que nossa pátria urge reformas desde a sua criação e o verdadeiro patriota é quem consegue enxergá-las e cobra que as mesmas sejam executadas, se tornando agente ativo nessas execuções. Dessa maneira, se desse uma guerra contra o Brasil, e, do outro lado, estivesse um país cujas idéias eu concordasse, me colocaria contra meu próprio país, por amor a esta Nação.Porque por forças próprias, esse povo nunca via mudar nada. Está tão condicionado que se torna difícil sequer pensar em algo. Lembro-me das aulas de história sobre a Segunda Grande Guerra. Lembro-me de que franceses que compactuaram com o regime nazista se tornaram administradores de regiões da França dominadas e não foram tratados como "traidores" pelos alemães: pelo contrário! Ao contrário do que dizem certos civistas e moralistas, se, por diferença ideológica, alguém voluntariamente muda de lado numa guerra, dizia já Sun tzu que estes, precisam ser bem tratados, pois podem trazer informações valiosas sobre o terreno inimigo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cada coisa que me chega por e-mail 3

"Para quem tem filhos, sobrinhos, amigos...ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!

Informação Importante!

Dentro dos Shopping Centers há pessoas próximas às entradas dos cinemas
fazendo uma suposta pesquisa com os jovens (algo "interessante", como cinema,
TV, um novo filme a ser lançado...). Pegam então o nome, telefone fixo e residencial,
endereço e algumas característas como as roupas, cor do cabelo, etc etc etc do seu filho.
Depois que as pessoas entram no cinema, eles esperam alguns minutos, ligam para a pessoa
que foi "entrevistada" para ver se o celular está mesmo desligado e, se estiver, eles
ligam para a casa da pessoa.

O bandido diz o nome completo do seu filho (o que já assusta), as caracteristicas como
cabelo, estatura, roupas e diz ainda "Ligue para seu filho, se acha que estou mentindo...
o nº dele é 9XXX - XXXX? Está desligado..."(pronto, se ele sabe até o nº do celular de seu filho,
só pode ser verdade).

E como um filme dura em média 2Hs, demora muito para voce conseguir ligar e ser atendido.
Aí voce já está em pânico e pronto para fazer o que o bandido lhe pedir. AVISO DE UM DELEGADO
DE POLÍCIA: *"Isso não é boato, é fato.Instruam seus filhos a não responderem nenhuma entrevista
ou pesquisa nas ruas e fornecer informações curriculares apenas diretamente para empresas.
Não coloquem curriculum em sites.... Nunca desliguem os celulares... coloque-os em "silencioso".
Em caso de cinemas, coloque-o para que simplesmente acenda a luz... Assim saberão se algum
parente está ligando... O nível de inteligência dos bandidos está aumentando... Temos que nos precaver . "

GOLPE NO SEMÁFORO

AGORA EXISTE UM NOVO TIPO DE GOLPE PARA ASSALTO EM SINAIS QUE ACONTECE

DURANTE A NOITE..

QUANDO VOCÊ PÁRA NO SEMÁFORO VERMELHO, DISTRAÍDO, UM DOS COMPARSAS (MENOR,

DE MAIS OU MENOS 12 ANOS) VEM ABAIXADO POR TRÁS DE SEU CARRO, COMEÇA A

ESVAZIAR O PNEU DO LADO DO CARONA E COLOCA UM PALITO PARA QUE, DO PNEU

ESCAPE TODO O AR RAPIDAMENTE.

UM OUTRO ASSALTANTE SEGUE VOCÊ DE MOTO, POIS SABE QUE NÃO DEMORARÁ

MUITO PARA VOCÊ PARAR POR CAUSA DO PNEU.

QUANDO VOCÊ PÁRA, ASSIM QUE ACABA DE TROCAR O PNEU (ISSO MESMO, ELES

AINDA ESPERAM VOCÊ TROCAR!!!), ELE O RENDE COM UM REVÓLVER, O COLOCA NO

CARRO,PEGA MAIS DOIS COMPARSAS E PERCORRE A CIDADE FAZENDO SAQUES E COMPRAS EM

SUPERMERCADOS 24 HORAS.

COMO O LIMITE DE SAQUE A NOITE É PEQUENO, ELES SÓ ENCERRAM A

'OPERAÇÃO'
NO OUTRO DIA PELA MANHÃ, PARA PODER TIRAR MAIS PROVEITO

FIQUE ALERTA E AVISE SEUS AMIGOS!!!

QUANDO PARAR NO SINAL JAMAIS DEIXE DE OLHAR EM TODOS OS ESPELHOS

RETROVISORES.

NUNCA DEIXE O CARRO TOTALMENTE PARADO.

PARE LONGE DO SINAL E ANDE AOS POUCOS E JAMAIS PARE PARA TROCAR O PNEU

À NOITE!!!

É MELHOR PERDER A RODA DO VEÍCULO DO QUE ARRISCAR A VIDA!!!'

Edson Souza - Polícia Federal "



Tenho pena dos funcionários do shopping que tem que fazer pesquisas sobre os gostos do consumidor, ou então das empresas contratadas para o mesmo fim. Além do trabalho ser bem estressante, por ter que lidar com todo tipo de gente, eles ainda sofrem por causa desse tipo de boato. Pra começar as letras garrafais, em tom de alerta, já demonstram alguém excessivamente preocupado, ou sem classe o suficiente para escrever um texto bem escrito. Depois, apela para a falácia do argumento "Ad homini" ou seja, "porque um delegado de polícia disse" e na segunda mensagem, afirma que o tal "Edson Souza" é da Polícia Federal. Sendo que há zilhares de pessoas com esse nome... Mas é claro: o DELEGADO não vai se identificar... Bá! Isso é balela: se está acontecendo mesmo, deveria ter pelo menos o link de uma notícia de algum jornal de grande circulação. Já que é pra usar a falácia "Ad homini" eu também sei: se é tão perigoso assim, porque não há sequer UM jornalista que tenha escrito alguma matéria ou reportagem sobre o caso?

Além do mais, se é só uma pesquisa, eles não precisam do seu telefone, né? Por isso o autor dessa mensagem foi muito sarcástico com os leitores. O sujeito deve ter agido de má fé, na tentativa de ridicularizar e fazer com que as pessoas perdessem tempo. Mas é claro: . É muito fácil para alguém entender que deve responder essas pesquisas mas nunca revelar dados pessoais como telefone. humpf. Esse tipo de mensagem tem um nome: "hoax" - ou corrente, do inglês e serve só pra entupir a caixa de entrada de quem ler.

O pior de tudo, não é a esperteza dos bandidos - se isso for verdade - é a falta de bom senso das pessoas comuns.O pior de tudo, não é a esperteza dos bandidos - se isso for verdade - é a falta de bom senso das pessoas comuns. Ah, e claro: "nunca coloque seu e-mail em sites"... O que isso tem a ver? Eu mesmo já coloquei meus e-mails em zilhões de sites mundo a fora: o segredo é saber se organizar e separar bem os e-mails de uso pessoal dos descartáveis. Mas isso não tem coerencia com o resto do corpo do texto, o que tranquilamente pode ser visto como mero passatempo de algum nerd por aí, que está ocupando a sua caixa de entrada.

Quanto a segunda informação, mesmo que tenha um fundo de verdade: "é preciso estar sempre atento nas condições do meio, quando se dirige e se deve evitar passar em locais vazios a noite com semáforos", ainda assim, é questionável, muito questionável dois fatos:
1) quem é Edson Souza? - tem n pessoas com o nome igual ou parecido com o desse cara, e não são PF;
2) cadê as fontes? - tudo nesse mundo moderno necessita de fontes... O pior é que por e-mail eles geralmente colocam um link com vírus pra você clicar, ao invés das fontes saudáveis.

É isso.
xD.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Suicídios em Curitiba

Bem,o que vejo em Curitiba é um bando de pessoas apáticas, com feições sisudas, como se sempre preocupadas com a vida, com alguma inquietação fundamental sobre a ontologia da própria vida, ou mesmo algo mais trivial como o tempo que está na maior parte das vezes cinzento e quando não está, permanece instável - o que já criou rios de piadas pela internet. E vejo que a mídia aqui é algo extremamente 'eficiente'. Os joguinhos são clássicos: é a rede de TV estatal acobertando que mais pedágios estão sendo criados (situação radicalmente antagônica e paradoxa ao que o governador queria), e a rede local da Globo (chamada: Rede Paranaense de Comunicação - RPC), acobertando que ocorreu mais um suicídio (pois a rede de ensino na qual aconteceu tal fato é credora dessa tal rede), para aumentar o indíce de suicídios na capital que vem se tornando uma das mais violentas do país, em termos de mortes percentuais. Mas isto, ninguém fala. Bá, mas no Rio de Janeiro, deve acobertar os indíces de balas perdidas, em São Paulo, os níveis de poluição diários e etc. Ou será que eu tô errado? Bem Curitiba não passa de periferia da periferia: tudo que acontece aqui, também acontece nas outras grandes cidades, suponho, mas aqui ocorre de maneira bem mais contrastante e menos complexa, porque o número de habitantes é bem menor.

E nesse ínterim, me lembro de uma professora minha, de negociação, explicando a turma sobre a educação das pessoas e como os filhos são influenciados pelos pais. Simples assim. Os pais tendem a dar o oposto da educação que tiveram, o que se reveste em gráficos cíclicos entre a moralidade obsessiva e a libertinagem insana. Mas não é apenas isso: parece que um pouco do caráter dos pais acaba transpassando para os filhos. É meio como se fosse um processo osmótico, pelo motivo que os filhos acabam se espelhando nas ações de seus predecessores, ou então por causa de algum fator genético que acaba impulsionando o sujeito a agir de maneira correspondente.

Isso acaba por trazer a chave da questão: adultos estressados, apáticos e frustrados, passarão os mesmos sentimentos aos seus filhos, em maior ou menor grau, dependendo da maneira pela qual o filho pensa. Podendo, no final das contas, o guri ou guria não concordar com absolutamente nada dos que os pais diziam, tentando agir de modo diametralmente oposto à maneira como seus progenitores agiam, ou então acabam por ter essas mesmas características amplificadas devido a pouca idade e imaturidade correspondentes.

Se um adulto estressado e apático já tem resquícios de comportamentos maníacos, obsessivos, compulsivos e depressivos, imagina então um adolescente com um turbilhão de imagens e hormônios fervilhando em sua cabeça. Em um mundo à parte, destituído de certa afeição necessária, tendo apenas imposta sobre si a responsabilidade que naturalmente não lhe é devida, podendo trazer, dessa maneira, ódio e rancor reprimidos, estes, por sua vez, se manifestam contra as outras pessoas, ou contra si mesmas.

É, essas considerações vieram como flashes na minha cabeça, logo após a descoberta do suicídio de uma menina de 14 anos num colégio particular de classe média/alta daqui do centro de Curitiba. Bem, eu sei que tudo isso pode não ter valia alguma: os motivos exatos do suicídio não podem ser conhecidos pela mero raciocínio lógico, exigem exames mais aprofundados. Mas essa situação psicológica se repete em milhares de estudantes mundo afora.

Mas agora, lembrei de uma outra professora minha, se psicologia organizacional, falando sobre preconceito e estereótipo. Então, como o que estou dissertando aqui se baseia em um conceito pré moldado, numa base estereotipada daquele grupo social, então minha reflexão a partir da agora pode não ter valor algum, como ser a mais pura verdade: bastam provas.

Então, com a condição psicológica da educação já expressa, é somada a cobrança social natural por resultados. Muitos pais querem ver em seus filhos pelo menos duas coisas: em primeiro lugar uma versão 2.0 de si próprios, ou seja, indivíduos parecidos com si mesmos mas com idéias mais abertas e mais oportunidades, em segundo lugar: que não seja apenas isso, que seja o melhor dentre os que estiverem ao seu redor, o que pode ser resumida pelas máximas do Ayrton Senna: "o 2º lugar é o primeiro perdedor" mais a outra popular: "você tem que tirar 10, meu filho..."(geralmente acompanhada por táticas de coação que dão um incentivo extra para que o adolescente se "empenhe"). Além disso, aqueles que não conseguem acompanhar a turma intelectualmente falando - até se forem avançadas à mesma - são hostilizados e marginalizados tanto pelas regras tradicionais - por não criarem mecanismos de auxílio a esses jovens-, como por professores que acabam ou fazendo testes especiais para os que estiverem à frente e humilhações e ofensas gratuitas para os que tiverem dificuldades, como pelos colegas, que podem acabar vendo a "ovelha negra" como um peso na própria turma.

Porém, isso é natural dos pais. É natural que um pai queira o melhor para os seus filhos dentro da vigência daquela determinada sociedade. E é natural que cobrem. Como é -pior ainda!- natural da sociedade o desrespeito à individualidade: ao tempo que cada sujeito necessita para cada descoberta em sua aprendizagem. Estabelecido um padrão, este deve ser seguido eternamente enquanto houver mentes doentias o suficiente para mantê-lo.

E essa cobrança é em geral tão grande que não me admira que tal fique impregnada no sujeito ao ponto que ao sinal da primeira frustração se tenha os resquícios de depressão, já passados pela apatia e frustrações paternas/maternas, ampliados. Como se tivessem cavado um buraco mais fundo para se enterrarem ou então posto o dedo na ferida com o intuito de abrirem ainda mais e não de se sanarem.

Agora eu imagino a situação dessa garota que se matou. Não é fácil tentar entender um suicídio, ainda mais de pessoas que têm tudo. Lembro-me de amigos comentando que no ano passado já houve casos de adolescentes que se mataram e eu complementando que esse processo todo é cíclico: ou seja, todo ano, enquanto os próprios sujeitos paternos/maternos mantiverem essa cobrança absurda, que, infelizmente, é também imposta pelas necessidades econômicas, as pressões de mercado, etc.* Haverá garotos tomando overdoses de cocaína em inofensivas festas de Halloween,jovens fumando Cannabis Sativa como se tomassem água, adolescentes bêbados... E meninas que se matam no banheiro da escola porque levaram o pé do namorado ou então tem ódio descomunal de algumas das amigas delas, ou ainda são rejeitadas pelos que estão ao redor, ou ainda pior: perderam o gosto pela vida frente a uma sociedade hipócrita e corrupta em que pais cobram de filhos aquilo que nem eles mesmos conseguem suportar.

Enquanto isso, os curitibocas (como dizia um professor meu de geografia: "Curitibanos+bobocas"=Curitibocas) estão comentando sobre o jogo do Athlético-PR, a derrota do Coxa para o Londrina (time rebaixado no campeonato estadual). Sobre as provas do outro dia, ou como seria legal se o Sul fosse separado do resto do país, como seriam ricos sem ter que pagar tamanha carga tributária para a manutenção de uma máquina estatal falida,**. Ou ainda, algo mais trivial: falam sobre o tempo.

Ah, mas afinal, o que será uma revolução se não, no sentido restrito, o homicídio de uma sociedade pela própria sociedade? ou melhor dizendo, o suicídio de um mundo corrupto, para a criação de um novo? Legalmente, suicídio é algo anômalo, pois fere uma lei que diz que é proibido matar, mas está sobre outra lei dizendo que você tem liberdade irrestrita sobre você mesmo. No entanto, o que se precisa é uma mudança radical, uma morte desse comportamento. É necessário que cada ser humano suicide seu lado suicida, junto com seu lado mais arrogante, apático e restrito para que esse ciclo não seja novamente alimentado.

*Pois muitos pais e professores argumentam apenas simularem a cobrança feita pelo mercado sobre eles. Aliás, aproveitando o parênteses: grande entidade Mercado: vem assumindo papel de segunda pessoa de uma nova trindade do capitalistmo moderno: Capital, Mercado e _________, bem o anticristo se revelerá nos próximos anos :D

**(Estado) que garante a sub-existência de pessoas pobres no Nordeste, pessoas que para muitos deles, deveriam ser largadas a própria sorte, sendo que nem têm escolas boas os suficiente para que possam se educadas para fazer melhor lá o que se faz mal e porcamente cá: desenvolvimento social e humano.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cada coisa que me chega por e-mail...I

Engraçado com tem tanta desinformação.
Tive de responder... xD


Date: Wed, 11 Mar 2009 13:42:30 -0300

Subject: Fwd: FW: En:Per tenço aos 16 %! E vo cê?


De: "Eugenio"
Para:
Cópia:
Data: Mon, 9 Mar 2009 16:55:48 -0300
Assunto: Pertenço aos 16 %! E você?

Repassando!


RESPONDENDO!


Os comentários dos comentários são de autoria de Henrique de Oliveira Noale. Mero estudante de tecnico integrado em gestão de pequenas e médias empresas, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR - antigo CEFET-PR).

Lula, o nosso comandante em chefe, deu esta declaração "histórica", esta semana, na posse de diretores do Sebrae:

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, que essa crise é possivelmente maior que a crise de 1929 e temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial. Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência, por que eu não admito que uma guerra para resolver um problema econômico tenha 6 milhões de mortos".

Depois, comentários específicos:


1. "A Segunda Guerra Mundial não teve absolutamente nada a ver com a crise americana de 1929;"

Comentário do comentário:

1.Onde esse cara estudou??? Pra acreditar que o new deal e as políticas norte americanas governamentais logo após a II Grande Guerra não deram um impulso enorme à indústria bélica; que a falência de inúmeras empresas americanas que estavam entrando no comércio alemão e que com sua falência agravaram o desemprego,


2. "A Segunda Guerra Mundial foi motivada pelas condições impostas à Alemanha pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918;"

Comentário do comentário:

2.Digamos que foi um dos motivos básicos, mas a crise de 1929 deu um impulso dos grandes pra que ocorresse a segunda grande guerra. Até pelos motivos já expostos.

Ah , eu odeio a wikipédia (sério, não confio num lugar no qual até eu mesmo posso editar) mas eles até são úteis...

"Quando a Grande Depressão teve início em 1929, o governo alemão acreditou que cortes em gastos públicos iriam estimular o crescimento econômico do país, assim cortando drasticamente gastos estatais, incluindo no setor social. O governo alemão esperava e acreditava que a recessão, inicialmente, iria deteriorar a Alemanha socio-economicamente, esperando com o tempo, porém, a melhoria da estrutura socio-econômica do país, sem intervenção do governo. A República de Weimar cortou completamente todos os fundos públicos ao programa de ajuda social para desempregados - o que resultou em maiores contribuições pelos trabalhadores e menores benefícios aos desempregados - entre outros cortes no setor social. Quando a recessão chegou ao seu auge em 1932, a República de Weimar perdera toda sua credibilidade junto à população alemã, fator que facilitou a ascensão do fuhrer Adolf Hitler no governo do país, em 1933, marcando o fim da República de Weimar e o início de um período de crescimento socio-economico alemão, conhecido como III Reich."

fonte: Acesso em: 13/03/2009

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3. "A Segunda Guerra Mundial encerrou com perto de 52 milhões de mortos, quase dez vezes mais que o número que o boçal falou;"

Comentário do comentário:

3.Sim, mas o "boçal" podia estar falando apenas dos judeus...

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4. "Seis milhões foram as vítimas do Holocausto, patrocinado pelos nazistas.
O dito cujo confundiu tudo o que a Assessoria dele informou (tenha paciência, não queira que ele decore tudo que lhe passam)."

Comentário do comentário:

4. Sinceramente, quem não erra? Um número é apenas um número. Não estava de todo errado. Quem é mais boçal é quem fica indignado com os erros alheios. Esqueceram que ele só teve a quarta série no ensino regular e tem popularidade de uns 60%( na média, porque ele já bateu a casa de 83%), muito mais que o Fernando Henrique que era doutor em sociologia, com 43% de aprovação, professor em Harvard e o maior hipócrita que que o Brasil já teve... (ele fez exatamente o contrário de tudo quanto havia escrito).

________
5. "Em 1929, o mundo não tinha e nem imaginava o que seria uma economia globalizada;"

Comentário do comentário:

5. Mas teve muito empresário se matando por causa daquela crise. E Karl Marx - sim aquele mesmo do socialismo! - já dizia que isso iria acontecer de novo... Além do mais, você não pode negar que o comércio entre Nações já existia e que uma super oferta causa uma baixa extremamente perigosa no preço. Vide o que aconteceu com os cafeeiros no Brasil. Eles também sofreram: Tiveram de queimar café e o governo de Getúlio ficou marcado como a mãe dos ricos e o pai dos pobres...

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6. "Franklin D Roosevelt resolveu a crise americana diminuindo custos e impostos, e reduziu drasticamente as despesas do governo, exatamente o contrário do que o antológico anta e seus ministros estão fazendo;"

Comentário do comentário:

6.Não senhor! Na verdade, o keynesianismo, política oposta ao neoliberalismo -liberalismo que prega diminuição de custos (com corte de pessoal, de preferência), redução de despesas do governo (sim, preferencialmente deixando todas as obras ao léu, deixando tudo por conta de previdência privada, destruindo qualquer senso se coletividade que se possa ter para o povo - por exemplo serviço de saúde,que sempre foi privado nos EUA, deixando mais de 46 milhões de pessoas sempre à míngua: sem acesso a saúde) - foi colocada em prática pelo Roosevelt e deu muito certo.

Eu continuo desconfiando da wikipedia, mas lá vou eu de novo (me nego a pesquisar em outras fontes, porque iria achar exatamente a mesma coisa e eu não tenho tempo a perder com esse tipo de ideologia fracassada):

"[o keynesianismo] Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e assistência médica gratuíta. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de Bem-Estar Social", ou "Estado Escandinavo" tendo sido originalmente adotado pelas políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, no início da década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929 e, quase simultaneamente, por Hjalmar Horace Greeley Schacht [2] [3] na Alemanha Nazista. Cerca de 3 anos mais tarde, em 1936, essas políticas econômicas foram teorizadas e racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda [1]."

Fonte: Acesso em:13/03/2009.

(Partes em negrito, pelo rebatedor desta mensagem).

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7. "Pela declaração imbecil, Lula imagina que a crise só será extinta por meio de uma guerra mundial, mas ele, "o grande pacifista e magnânimo líder" não admitirá uma guerra mundial para que a crise seja solucionada;"

Comentário do comentário:

7.Dã... Qualquer estudante de Ensino Médio - feito eu - a uma hora dessas já entendeu que o investimento na indústria bélica seria uma forma de criação de empregos, portanto uma política governamental que ajudaria a estimular o consumo, dado que mais pessoas teriam emprego e renda. Assim sendo, o comércio vende mais e amenizaria os efeitos da crise. Ele não disse que o único modo de resolver a crise é com guerra. Disse que a guerra foi o meio encontrado por Roosevelt pra resolver aquela crise, o que não está de todo errado, tendo em vista que o investimento em indústria bélica, além dos investimentos em obras públicas, trouxe grande alívio para a população, gerando empregos.

E esse é o cara que atingiu 84% de popularidade.............. Dá para acreditar?

Absolutamente: é bem lógico até, ainda mais com a continuação dos programas sociais - ainda que corrompidos - mas que existem na grande parte dos países desenvolvidos. Pelo programa de aceleração do crescimento (pena que chamaram o Collor pra atrasar as obras), pelo câmbio que não explodiu a quase R$ 4,00, pela inflação que continua baixa... Bem, ainda há muito a ser feito, mas estamos no bom caminho.

Eu faço parte dos 16% !!!! E você?

Digamos que eu não tenho uma renda per capita em casa de R$ 1600,00, como o provável autor dessa mensagem que deve estar muito feliz pela oportunidade de aumentar a exploração sobre seus empregados, até por causa da crise que levou o emprego do meu pai.


E já dizia meu velho camarada Cristo:

"Conhecereis a Verdade e ela te libertará" João 8:32

quinta-feira, 12 de março de 2009

Origem da crise econômica: simplificada

Basicamente que foi causada por um merda dum sistema hipotecário norte americano que registrava 3-4 hipotecas pra mesma casa e quando alguém ia cobrar a dívida, a casa já tinha sido tomada por outro banco.

E isso se tornou uma grande bola de neve porque esses títulos de dívida começaram a ser vendidos como uma forma de investimento por parte dos bancos. Eram os chamados títulos podres.
Aí outros bancos e investidores começaram a comprar esses títulos, esperando os altos lucros que poderiam advir daí, justamente por causa desse risco (que tornava os juros mais altos).

E assim ruiu a economia mundial, acabando com a confiança do mundo inteiro para disponibilizar crédito, ou então investir em qualquer produto.
Produtos supervalorizados, por exemplo o petróleo perderam o seu valor de um modo brusco devido a falta da demanda por parte das vendas que seriam principalmente na parte de combustíveis para automóveis, cuja venda também caiu, por causa dessa mesma falta de crédito.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Crise financeira... Bá! Let the world in peace*, Yankes!!!

Por favor, veja este vídeo antes de ler:
http://tinyurl.com/cj8jes
"Lula fala a respeito da crise"

Sinceramente, acho inteligente a postura que o Lula vem tomando na crise. Quando estão todos quebrados é preciso que alguém estimule a demanda. E ele tem tentado fazer exatamente isso.

Mas nosso país sofre por corrupção. Não dele, mas a corrupção de cada um dos 180 milhões de cidadãos ao deixarem as coisas invadirem seu mundo e não lutarem contra elas. A planificação global exige que pessoas de todos os locais do mundo tenham os mesmos gostos. Nós, brasileiros, como ovelhas fíeis, também caímos nisso... Sofremos as conseqûencias, infelizmente.

Agora, isso exige que os impactos da crise de confiança em APENAS UM país, destrua o mundo inteiro. Bem... Azar de quem investiu em títulos podres. AZAR. Eu escarneço dessa gente, sem dó nem piedade. Somos todos iguais, já sabiam dos riscos, quem mandou se enfiar numa furada?

O que me penaliza, entretanto, são pessoas que não terão mais créditos porque os ESTADUNIDENSES foram tão cara de pau que tiveram a habilidade de hipotecar diversas vezes a mesma casa. Porém, o pior não é isso: são os próprios investidores,o próprio governo estadunidense que não teve a mínima capacidade de manter um banco de dados registrado em conjunto com os principais bancos, impedindo o cidadão que já tivesse uma hipoteca fizesse outras.

Isso não só é lastimável, como é catastrófico! Imagine: Eles se julgavam tão poderosos, tão donos do mundo, não tiveram a capacidade mínima de fazer algo tão infinitesalmente simples, já adotado no Brasil há anos!
Bem, como brasileiro continuo vestindo o nariz de palhaço, me sentindo capacho, me sentindo condicionado a algo que não deveria estar! Mas não posso deixar de sentir um pouco orgulhoso ao pensar nisso...!

O falso deus Capital mostrou agora que não existe, caindo mais uma vez por terra. Não se pode controlar sozinho, pois não tem mão invisíve, nem corpo...É, como diriam meus amigos ateus: "mera especulação da sua cabeça". E vai continuar mostrando isso... Até que as pessoas caiam em si e percebam que o único e verdadeiro DEUS que existe quer que aprendamos com nossos erros, não quer que nos escravizemos a nada...

Muitos estavam e continuam escravos do capital, tanto que muitos perderam tudo - na melhor das hipóteses, foi apenas um emprego, na pior, foram-se bilhões de dólares virtuais transformados em dados presentes na lixeira de algum nerd do sistema financeiro internacional - ah sim, esses bilhões de dólares virtuais levou casa, empresa, carro, família... Tudo para o vago mundo do lixo virtual.

Observaçao: A respeito da "tiny url". Muitos podem achar que essa url é um vírus, mas no entanto é um serviço gratuito na net que encurta os endereços de sites enormes... É bem útil. No caso, 243 caracteres da url original foram diminuídos para apenas 25. O vídeo é exclusivo da BBC de Londres.

* Traduzindo: Deixe o mundo em paz, Ianques!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Estranho senso divino...?

Sim, é estranho. Porque como humanos, independente da ideologia que sigamos, temos dentro de nós um resquício, uma vontade, de fazer algo bem feito. Rousseau dizia que somos bons por natureza... Bem, mas na verdade Freud (de outra linha de raciocínio) que o homem acaba sendo mau por natureza... Aí como é que fica?

Somos bons ou maus por natureza?

Talvez sejamos neutros. Nem bons, nem maus. Talvez tenhamos genes que nos conduzem ao egoísmo e outros, ao altruísmo.

Nossas sinapses acabam servindo como um mero meio para escolher nossa forma de comportamento. Porque podemos ser bons quando quisermos e maus também.
Mas por que o homem deve ser bom? Moralmente falando, se todos fôssemos egoístas e extremamente radicais em nossos pontos de vistas, logo não estaríamos sequer discutindo: estaríamos nos degladeando.

Somos 'super-homens', como tanto queria Nietszche? Impossível! Não no estado em que nos encontramos agora, ligando mais para crença ou descrença do que para um mundo de possibilidades que podemos viver!

Eu vejo um ser humano livre para ser o que bem entender, ao passo que condicionado por aquilo que o limita: A matéria!

Nossos corpos não nos deixam voar, nos fazem, muitas vezes, prisioneiros de necessidades com as quais não podemos lidar. Não que seja ruim. Na verdade, é preciso saber usá-los com inteligência e destreza, como se não ligasse pra eles e ao mesmo tempo cuidasse deles...

Materialismo é dar ênfase a condição humana e não a liberdade que lhe é inerente. Apesar de ter dado grandes contribuições no campo científico, não resolveu os problemas da essência humana, estes continuam sendo cada vez mais amplificados, como prova, é cada vez maior os casos de depressão no mundo. Tentamos lutar contra isso usando a matéria: drogas que condicionem nossas sinapses... O resultado é um ciclo sem fim que prende a pessoa a algum elemento material, sem no entanto libertar as pessoas para o senso crítico.

É cada vez mais comum a quantidade de pessoas que está descrente e por essa perda de fé, acaba se enfiando num mar sem fim de amarguras e sofrimentos. Alguns dirão que são pessoas de mente fraca. Não posso deixar de argumentar que vivemos numa era sem esperanças, numa em que irmãos matam irmãos, pais matam filhos, filhos matam pais... E por aí vai.

Somos condicionados a sermos depressivos? Temos esse comportamento latente, mas alguns de nós o escolhem porque não conseguem enxergar a beleza das coisas. Porque boa parte da religião fracassou - nisso eu concordo! - justamente por esqueceram de dizer ao ser humano que ao ser criado, por DEUS - talvez não nesse, mas em outro plano paralelo, que alguns chamam poeticamente de "Mundo Espiritual" (o que é bem possível, quando se aceita ao menos a dualidade "espírito/matéria", até certas correntes ateístas a aceitam. Existindo, é claro divergências... ) - O fez de modo que ele fosse um ser perfeito dos pontos de vistas morais, mas que pelo seu livre-arbítrio, incorreu em erros que estão quase destruindo o próprio mundo.

Deste modo, o maior inimigo do ser humano é o próprio ser humano. Sobram catástrofes nessa época e mesmo assim, ainda há humanos tão orgulhosos que confiam plenamente em sua razão - que não conseguiu e nem vai conseguir o feito prodigioso de trazer soluções para todas as inquietudes humanas. Fato realmente impressionante.

É preciso de emoção (fé, gratidão, amor) e vontade (de ajudar, de fazer o bem) e a aplicação disso, se quisermos algum dia habitarmos um mundo ideal.