sábado, 17 de maio de 2008

Discussão: religião

Introdução: Essa discussão era sobre a culpa do catolicismo das mazelas sociais entre outras coisas. Está aí, em parte descrita.

Alguém escreveu:
"na minha opinião o mundo seria muito melhor se nunca tivesse existido nenhuma religião, mas, eu não vejo um meio de diminuir a religiosidade das pessoas.
bem ou mal eu tenho q reconhecer q a religião é de alguma forma parte da cultura de certos povos, tentar converter todos os cristãos, por exemplo, ao ateísmo seria como fazer os cariocas odiarem praia..."


Respondi:
A questão é a seguinte: a religião surge junto com o homem primitivo com o temor de ver algo maior do que ele. Com o espanto ao ver ou escutar um trovão, com a contemplação dos céus, bem como o fato de se perguntar o porque das coisas acontecerem. foram as primeiras tentativas do que viria a progredir tanto e tomar completamente o seu, o meu o nosso mundo.
A filosofia, apesar de ser bem mais ampla, se resume também nesse exercício. Por isso que durante a Idade Média existiam, como ainda existem seguramente, filósofos cristãos. Sacerdotes de quaisquer religiões que forem, precisam de cursos de filosofia.

Se todas as pessoas entendessem a importancia de se perguntarem o porque das coisas, se espantassem com elas; não que as religiões não existissem, mas cada um a enxergaria de uma forma. Até mesmo voce deve ter alguma coisa religiosa junto consigo. Sempre há algo inexplicável. Sempre há algo em que se pode crer e, por meio de lógica, conseguir buscar entender o motivo maior das coisas acontecerem.

"Conhecimento não pode ser imposto"...Concordo com seu pensamento.

Mas geralmente as pessoas que recebem o conhecimento da religião o fazem de bom grado. Obviamente, critica a historicidade da coisa. O modo como a ICAR agiu durante séculos. Bem, eu te digo que os monastérios foram locais onde o conhecimento foi preservado. Apesar de danificado e manipulado pelos sacerdotes, eles ao menos, difundiam a escrita e o canto.

ahh.. e claro... o Fato de se impor conhecimento é muito menor em, gravidade diante ao fato de se alienar ao conhecimento. Pois conhecimento, mesmo que questionável, é essencial pra a evolução da sociedade. Ao contrário da ignorancia que leva sempre ao abismo da animalidade.

A sua tão amada ciencia, como assim é para muitos ateus, para muitos céticos, apenas dão a descrição dos fatos e a interpretação dos mesmos. Ou seja, como ocorrem as coisas. Não porque elas acontecem.Ao colocar que religiões não devessem ter existido que seria melhor, então voce coloca que talvez todas as ciencias talvez não tivessem existido também que seria melhor. Portanto, sua lógica é um tanto quanto absurda ao meu modo de ver. A dúvida é uma forma sublime de conhecimento.

Quanto ao fator cultural, é importante sim!
Mas, ao colocar o ateísmo no mesmo plano da religião, usando a palavra 'converter' meu caro, você atestou uma das mais antigas hipóteses: até ateus tem religião. Inclusive, a religião do ateu é a ciencia, cuja a prestação de cultos é desnecessária bem como a ética também, pois é 'tudo pelo bem da ciencia'.

Prece de Louvor

Meditemos com reverência no Senhor Bodissatwa Kannon que, ao descer do céu à terra em Komyo Nyorai, transformou-se a seguir em Ooshin Miroku e posteriormente em Messias. Salvar a todos os seres vivos é o Seu sublime anseio expurgando dos três mundos os três venenos e as cinco impurezas, para que a luz e o júbilo eterno para sempre se instalem em todos os cantos do mundo. No reino de Miroku gerado por Kannon a desordem não existe.
Venta a cada cinco dias, chove a cada dez e a brisa é tão suave que nem os galhos farfalham.
Com Sua grandiosa, infinita e ilimitada misericórdia, que até aos demônios celestes e aos diabos induz a Lhe prestarem obediência, Ele extingue os vários males e anula as leis malignas, libertando igualmente os Yashas e os Dragões.
Todos os santos homens, os Budas e os Devas podem, assim, cumprir as suas missões.
Os rios e montanhas, as plantas e as árvores recebem copiosas graças de Kannon.
As aves, os animais, os insetos e os peixes podem viver plenamente a sua vida, cada qual ocupando o seu exato lugar. E o mundo assume, então, o seu verdadeiro aspecto. Por entre as nuvens de bom presságio a estender-se pelo firmamento voa a ave do paraíso sobre a terra perfumada na qual milhares de flores exalam a sua fragrância.
Ladeada de grandes templos obnubilados pela distância destaca-se a torre sagrada com seus muitos tesouros, em cujos telhados de ouro refulgem os raios do sol. Tal é a paisagem do reino dos céus no solo purificado. Fartas colheitas de cereais abarrotam os armazéns, a pesca é abundante e as vozes de todos os seres vivos elevam-se animadas para o céu.
Desapareceram, como por encanto, as divisas entre os países, os ódios e motivos de disputa entre as raças humanas e a humanidade é abraçada pelo misericordioso peito de Kannon. O verdadeiro despertar da sabedoria divina é praticado em nosso trabalho cotidiano.
A família prospera acumulando atos virtuosos e tem a sua vida prolongada sem remédios ou medicamentos.
Concentrado, de todo o coração, de cabeça baixa e corpo curvado, peço humildemente que tais bênçãos chovam do céu, formando um mar de ilimitada bem-aventurança.

Assim seja.


No original: (em Roman ji, né?)

Uyauyashiku omonmiruni.
Sesson Kanzeon Bossatsu
konodoni amorasse tamai
Komyo Nyorai to guenji
Ooshin Miroku to kashi
Meshia to narasse
Daisen sanzen sekai no sandoku o me'shi gojoku o kiyome.
Hyakusen man oku i'sai
shujo no dai nengan.
Komyo joraku eigono
ju'po sekaio narashimete.
Gofu jyuuno kuruinaku
fukukaze edamo narassu naki.
Miroku no myoo umitamoo.
Muryo muhen no daidihini, tenmarasetsumo matsuroite.
Shoaku jahouwa aratamari,
Yasha ryudinmo guedatsu nashi.
Shozen bushin kotogotoku
sono kokorozashio toguru nari
Sansen somoku kotogotoku
Sesson no itokuni nabikaite
Kinjutyugyo no suemademo
mina sono tokoroo ezarunashi
massani kore shibi jísso sekainite. Karyobingawa sorani mai
zuiuntenni tanabikeba.
Banka fukuikutini kunji
tahoo bu'to sossori tati.
Hitidoo garanwa kassumi tsutsu koganeno iraka sansanto
hini terieizu koukeiwa,
guenimo tengoku jodo nari.
Gokoku minorite kurani miti
sunadori yutakani amegashita,
iketoshi ikeru moromoro no
eragui niguiwau koegoewa
tsutsu uraurani mitiwatari.
Kunito kunitono sakainaku
hito gussa tatino nikushimiya.
Isakaigoto mo yumeto kie
í'tenshikai Kannonno
jinjino mimuneni idakaren.
Wareraga hibino segyounimo
myotio tamai shinkakuo
essashime iewa tomissakae.
Yowaiwa nagaku muiyakuni
zentoku koo kassane sasse
fukujukai muryono daikudoku. Taressasse tamae mashimasse to
nennen jushin guezatonshu
kifuku raihai negui moossu.

Miroku Oomikami
mamoritamae sakihae tamae
Miroku Oomikami
mamoritamae sakihae tamae

Meishu no Oomikami
mamoritamae sakihae tamae
Meishu no Oomikami
mamoritamae sakihae tamae

Kannagara tamatihae mase
Kannagara tamatihae mase


História da oração:
Em 23 de Dezembro de 1934, Meishu Sama procedeu à cerimôniade fundação da Igreja, de forma prévia,em Sua residência, denominada Ôshin-Dô, situada em Kôji-Mati-ku, Hiraga-tyo, em Tóquio. Sendo dia do 52º aniversário de Meishu Sama, comemorou-se essa data também, na mesma ocasião.

Foi então entoada, pela primeira vez, a oração Zenguen-Sanji, após a Amatsu-Norito.

Entoada novamente oito dias depois na cerimônia oficial da fundação da igreja, a 1º de Janeiro de 1935, passou a se constituir oração peculiar da igreja.

Na passagem da Transição da Noite para o Dia no mundo espiritual, a Zenguen Sanji, na pura acepção da palavra, evoca o insondável intento Divino, em sua penetrante, bela, fluente, límpida e harmoniosa ressonância. Descreve ainda a situação do Paraíso Terrestre que será estabelecido no futuro.

Alguns anos após a fundação da igreja no Japão, que entrara na confusa época que precedeu a 2ª Guerra Mundial, as ideologias passaram a ser rigorosamente controladas, suas palavras censuradas e as religiões oprimidas.

Em 1938, chegou-se ao ponto de se ver proibidas as atividades das novas religiões. Não obstante seu desempenho, também Meishu Sama viu-se cerceado na liberdade religiosa em face das circunstâncias, e voltou-se para um movimento de salvação pela cura.

Nesse periodo, a Zenguem Sanji não foi entoada.

Após o término da guerra, em 1945, assegurada a liberdade de crença, a igreja reiniciou suas atividades como "Nippon Kannon Kyodan" e a Zenguen Sanji novamente passou a ser entoada com a Amatsu Norito.


Fonte: http://www.meishusama.org/homepage/oracoes.htm

Sobre alienação

Eu gosto muito de alguns fóruns por aí a fora. E num deles eu tive o prazer de escrever uma conclusão sobre o debate sobre a influência da Igreja Católica. Eis o que saiu:

E... no final das contas, as questões sempre batem em uma coisa: "LIBERDADE". Se creio em DEUS, isso me fazendo bem, sendo uma opção LÓGICA da minha parte, não obstante, que exista respeito, por parte de quem discorda. No entanto, é inegável o grau de alienação no qual chegamos, seja via mídia, seja via ICAR, seja via esoterismo, ou até mesmo, via ateísmo.

Sabem por quê?
Sendo o sentido principal do verbo 'alienar' ou de 'abandonar' ou então 'estar cego aos verdadeiros problemas', tão logo, não basta lutar contra a alienação, nem usá-la de modo que seja proveitoso a determinados grupos. Mas, apenas sabendo respeitar a cultura e o modo de educação de cada um, por mais que doa, por mais que seja revoltante, já é um excelente começo para a paz entre as pessoas.

No mais, há dois únicos jeitos de mudar a sociedade:

1) nos tornando donos do poder
2) nos tornando donos da mídia.
3) mudando o próprio ponto de vista (não muda a sociedade, mas molda você a ela)

Não basta chiar, por a culpa na igreja, ou no ateísmo, na xenofobia, nas condições do mercado internacional, no diabo que for, fazendo discursos para desestruturá-los...NÃO ADIANTA! A partir do momento em que achamos que determinada ideologia seja a verdade absoluta, tentando repassá-la de maneira forçosa a outras pessoas, agindo de maneira a prejudicar de qualquer maneira (ofendendo, inclusive) qualquer pessoa com uma idéia contrária àquela sustentada pela própria pessoa, que existe o "alienar". E isso é o que deve ser combatido, independente das nossas correntes ideológicas.