terça-feira, 13 de novembro de 2007

Resposta a S.E.

( http://alemdq.blogspot.com/2007/10/se.html )
"A coisa mais estranha é a mais normal aos olhos da pessoa mais estranha. Estranheza é normal para quem não aguda os sentidos em busca do novo. Então senso estético é absolutamente incompreensível sem o elemento subjetivo. Em termos mais claros: 'cada um, cada um; cada coisa, uma coisa'. (Tá! 'Um clichê para melhorar a comunicação', é o que eu sempre digo.)"

Vê-se então por quê nosso país é como é!
A população brasileira não é exposta a alternativas, a realidades melhores, a possibilidades! E quando é, vê como algo inalcançável: a péssima e velha mentalidade colonialista -- o que vem de fora é o que há de melhor e portanto é inalcançável para a colônia ("relé menosprezada") daqui..

Tudo é relativo, tudo é debatível, tudo tem lados, numerosos lados e perspectivas. E é por isso que sempre evito julgar qualquer coisa como boa ou ruim, afinal, tudo depende de quem vê -- se para mim algo é bom, pode não o ser para outros e vice-versa -- e tudo depende também da intenção (atitude) e do uso (objeto).

"Engraçado que todas as escolas de arte, estabeleceram padrões. E esses padrões foram muitíssimo respeitados por tempos em tempos e cada vez foram subtraídos uns dos outros. Até que chegamos ao 'modernismo' e mais pra frente 'hiper-modernismo'; no qual todos os padrões são aceitos."

Creio que a sociedade atual (junto à globalização) dá margem a linhas de pensamento e arte diversas, de maneira que as pessoas têm mais liberdade em pensar -- talvez isso seja até um efeito-mola desencadeado pela ditadura, de maneira que, quando acabou, a liberação foi excessiva; é ação-reação, você reprime e o povo reage "num pulo" -- e, assim, cada um pode escrever e criar como quer e como lhe é natural -- agora tudo é aceito e porque tem que ser -- com a globalização e a interação com tantas outras culturas e com o próprio passado, o povo (isso é, a população artística e a científica - quem tem um conhecimento considerável, tem contato com informações e não possui uma mentalidade limitada) tornou-se muito diverso. Não poderia ser de outra forma, afinal, são os artistas que definem os padrões da arte... e se o padrão é aceitar tudo, então tudo é aceito e o padrão nega a si mesmo, se anulando.

Claro que isso também fez com que realmente SÓ se sobressaiam os artistas de nome ou com poder aquisitivo ou mesmo social. E assim, tantos grandes artistas caem no desconhecimento e não conseguem uma chance justa. É o preço que se paga quando a "concorrência" aumenta -- isso porque o povo em geral não consegue apreciar mais que um punhado de artistas (e ainda assim superficialmente) e, com isso, os meios de comunicação, as redes de mídia (pra ser explícita, a GLOBO) têm que selecionar realmente um punhado, que é pra fazer com que o máximo de pessoas possível assista - e o tempo todo, senão, quando estivesse lá alguém que não chama a atenção do povo, simplesmente não assistiriam - e realmente não assistem. A TV Cultura é um exemplo óbvio.


E, com isso, vemos como a nossa sociedade pensa em contra-senso: causa a própria degredação e o próprio regresso -- e como diria a nossa mais realística bandeira: "Desordem e Regresso" (da população - e progresso incessante e geométrico da "nata" de sociedade)

Como dizem todos os experts, o que falta é a EDUCAÇÃO!


Um abraço,
yara mayer

Um comentário:

henriquen disse...

Obrigado!!! Isso é que o eu digo de um bom começo: se continuar assim, logo esse blog vai ser um dos melhores.