quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Resposta via e-mail, defendendo a falta de Religião e Deus como um dos fatores da queda do socialismo

É inegável o fato que a religião tem contribuído durante os séculos para a a alienação e opressão do povo. Vide a a Idade Média, onde a ICAR tudo controlava: desde a validade das dinastias dos reis europeus junto ao conhecimento acumulado dos séculos passados, até a mentalidade do povo, que era mantido ignorante. E não foi à toa que Marx & Engels pregaram o ateísmo embutido aos ideais de liberdade.
Os cientistas também tentam cair menos o possível na armadilha de creditar à Deus tudo o que não conseguem descrever--- e por isso estão em constante tormento de forma a buscar sempre uma descrição satisfatória dos fenômenos. Visto o progresso do mundo atual em termos materiais, não há dúvidas de que isso tenha funcionado...
Porém, o mesmo não ocorre na esfera real do próprio ser humano. Está na essência de cada um de nós um questionamento básico, uma intriga que nós fazemos com nós mesmos, uma indagação que recaí em todos os seres que possuem liberdade para isso. E essa absoluta ansiedade em saber o porquê das coisas tem consumido as pessoas há milênios. Se essa indagação e busca pela verdade absoluta que vêm desde os primórdios da nossa espécie, tivessem sido supridas pela ciência ateísta, não seria certo termos encontrado o modo de vida ideal para nós? E sendo assim, não seria certo aplicá-la à todas as áreas da atividade humana? ( como o socialismo tentou...) Decerto sim...
Entretanto, quando nos deparamos com o mundo atual, repleto de pessoas em estados lastimáveis, que dizer? Diríamos à elas para esperar um Deus a salvá-las? Diremos à elas se esforçarem para sair dessa situação? Talvez possam estar as duas coisas interligadas... À partir do momento em que se crê realmente em Deus, as pessoas tendem a cumprir melhor o que lhes foi designado, cuidando para que a moral, o pacifismo,o altruísmo e o espiritualismo---ou seja a civilização e o bem--- prevaleçam sobre o materialismo, o egoísmo, o imoralidade extrema e a violência--- ou seja, a selvageria, o mal.
Talvez Jesus tivesse dito : "BUSCAI o Reino dos Céus!"; mas a humanidade entendeu : "ESPERAI o Reino dos Céus!"... E por isso a religião quedou à dominar o mundo de forma déspota, o que fez o homem comum de tolo e alguns pensadores desacreditarem dela. Com o famigerado e conseqüente recurso da negação, as pessoas se esqueceram da eterna busca pelo ideal de verdade, que seria acompanhado pelos mais altos níveis de bondade e beleza. Assim, sob a manta de se livrar do sonho, esqueceram que algum dia podia ser alcançado e partiram para tentar solucionar os problemas da forma mais concreta que podiam imaginar: usando-se da matéria, esquecendo-se propositalmente das conseqüências a longo prazo.
Em parte deu certo, mas as pessoas estão cegas por crerem mais no concreto do que no abstrato, desconsiderando que o homem existe não só no plano material, mas no plano mental e também num plano imperceptível, ao qual muitos homens e mulheres nomearam "Mundo Espiritual"--apesar disso ser um pouco fora de um embasamento científico, é certo que essa gente não deve ter dedicado a vida inteira a alguma causa por nada, alguma razão há.
Considerando que sem uma direção um navio caminha invariavelmente para o naufrágio ou para a loucura de seus tripulantes, e quem dá esse rumo é o capitão considerando a crença na fidelidade das cartas náuticas, pode-se o mesmo dizer com os povos. Vendo a tripulação como povo, o capitão como governante, o lugar onde se quer chegar como o mundo ideal--seja ele num plano concreto ou abstrato--- e as cartas náuticas como os meios de fazer isto, logo entendemos que com uma carta náutica falha, a ruína pode vir a cair sobre a tripulação, ou seja ideais errados levam à ruína da população e tirar a crença de alguém humilde como se tivesse tirando a droga de um viciado, é como se o capitão dissesse:

---Ei! O navio vai afundar! Não temos botes salva-vidas para toda a tripulação e não há saída para o desastre!

As conseqüencias psicológicas disto na maioria seriam, no mínimo, desesperadoras a curto-prazo e certamente fariam com que algumas pessoas se jogassem no mar, outras matassem para poderem entrar nos botes e mais outras conseqüencias caóticas.
Não quero dizer com todas explicações que sou extremamente contra ao socialismo e também não quero convencer que Deus existe. Não! De forma Alguma! Para isso teria de ser radical demais, tenho opinião, mas não gosto de impô-la; porém, não vou ficar passivo diante de algo que não concordo. Ainda mais que pessoas fazem coisas que não fariam se não fosse pela fé...
Há ainda outros termos a tratar, mas me detenho aqui: o assunto é longo demais.

3 comentários:

Unknown disse...

Concordo em parte com sua colocação.
Não gosto da idéia de se impor qual é o caminho certo, nem de ficar procurando um grande culpado para tudo.
Do mesmo modo não creio que haja um "modo de vida ideal para todos nós", e sim, que cada um tem capacidade de encontrar o seu próprio, o que pode ter ou não relação com algum tipo de crença ou falta dessa.
Agora, a religião pode tanto ajudar quanto atrapalhar. Não gosto da idéia de religião (acho que filosofia de vida combinaria com algo mais sadio),pela massificação que existe, pois acredito que crença verdadeira seja uma coisa única.Cabe ao religioso manter uma relação que lhe pareça saudável com sua instituição, mas é preciso que ele tenha um certo preparo para isso. Falo de conhecimento e liberdade.
Bom, esse é o meu ponto de vista!

Anônimo disse...

beeem
li o e-mail quando vc escreveu e já conversamos sobre o assunto!
aliás, creio ter concordado com vc em algumas coisas.
um abraço

Anônimo disse...

Bom, vim cumprir a palavra, disse q iria comentar há > tempão i ñ o fiz, mas acho maneiro qd tu lê pra comentar, esse eh o normal ^^, soh q eu num li ",
Feio neh?! =,(
Mas 1 outro post menos extenso, eu leio sim, tow na lan, em ksa vou procura lê
AbraçooO