sábado, 6 de setembro de 2008

"A gente vamos"

Converse com gente humilde, livre desses preconceitos hipócritas daqueles que se dizem educados...
Eles falam errado;
Mas para o pobre é a língua dele. Não a língua que lhe foi imposta. Por ignorância, por desolação....


O português formal está em vias de extinção.
Logo o que o que é falado será aceito entre os senhores da língua
E o que fazemos hoje será descartado.
Nossa língua parece complicada, mas é muito simples.
É que nem língua de japoneses, ou germânicos...
Aos poucos iremos enxugando ela e tornando-a próxima ao real.
Aquilo que eu digo.
É aquilo que eu escrevo E aquilo que eu penso?
Não.
Sem hipocrisia.
Em gente que "dói os ouvidos", essa modalidade popular é porque seu preconceito chegaram ao cúmulo da ignorância - maior do que a ignorância de quem fala errado por não ter tido oportunidade.

Em gente que tem estudo - isso é diferente. No entanto, isso não quer dizer que pelo convívio e descontração alguns erros não sejam cometidos na hora certa. Porém é preciso adequar à situação. Em se tratando de pessoas letradas, uma gafe como essas em discursos e conversas oficiais é algo risível. Deplorável, diria. Mesmo assim, aceitável - mas se vier da posição superior na hierarquia.

E também pode caracterizar um caso de silepse, mas vulgar; não vou entrar nesses fins porque não quero falar mais. Chega.

2 comentários:

Anônimo disse...

"essa modalidade popular é porque seu preconceito chegaram"

Ó, doeu o ouvido. Concordância, seu preconceito chegou, não chegaram =)

"Mesmo assim, aceitável - mas se vier da posição superior na hierarquia."

Não, comigo não =D eu já não gosto de hierarquia mesmo, se o cara que "estiver em cima" errar dá um arrepio na espinha.

Não é questão de preconceito, cara. Se você for pela lógica do o que é presente vai virar passado então nossa linguagem vai estar sempre errada, não importa como seja - você sempre assumirá que, se o futuro vai ser diferente, estamos errados, i.e você está vivendo no futuro.

O que ocorre é que a gramática normativa existe por um motivo simples: fazer com que os falantes da mesma língua se entendam. Seria ótimo se pudéssemos falar "nossa" língua. Na verdade, nós até podemos, o que é que nos impede de criar nossa língua? Da mesma forma, o que impede o seu vizinho, o seu outro vizinho, seus pais, seus amigos, seus tios, etc, de criarem seus próprios dialetos? Nada impede de fato. O que acontece é que vocês não conseguirão mais se comunicar, simples assim.

Eu concordo com você em um ponto: o preconceito acaba existindo quando nos prendemos à pura burocracia. Nós enchemos nossa mente com regrinhas de tal forma que as adotamos como paradigmas divinos. Mandamento XI: não atentes contra a sacra língua portuguesa...

Contudo, discordo de que toda correção gramatical seja pura conseqüência de preconceito linguístico. Evitar a ambiguidade é primordial em comunicação escrita e costuma ir muito bem, obrigado, em comunicação oral ;)

henriquen disse...

Talvez fosse uma silepse... :p

"As práticas preconceituosas das pessoas chegaram"...
O preconceito em si pode até ser útil - preconceito em relação a uma cobra, por exemplo.