sábado, 11 de agosto de 2007

Novo manifesto dos espíritos livres-- Introdução

A sociedade urge por mudanças na base de seu modo de agir perante os novos problemas que vem enfrentando. O mundo como si e per si é já não conseguirá se salvar do destino cruel que lhe imputamos. A morte parece clara: há revolta de uma juventude abandonada pelo descaso de suas famílias e pátrias, há guerras em alguns cantos dessa terra que perduram por alguns tempos. Há descaso e há morte, há uma velhice sempre crescente, uma falta enorme da força de produção. Nossa sociedade, tão clara e tão eficiente com suas leis imponderáveis e inflexíveis não consegue mais, nem jamais conseguiria sanar os problemas pelos quais viemos passando pelos que ainda estão por vir.
O lucro, idolatrado como sustentáculo de toda a sociedade moderna, não pode mais somente em sua forma radical ser tomado como sucesso. O sucesso é se manter em pé, se possível com uma situação relativamente confortável. Então, pra que serve o lucro? Pra se manter em pé, pra continuar.
Mas o sucesso de todas as pessoas depende de forma direta do futuro de nosso planeta. Assim sendo, se se obtém lucro de uma forma prejudicial à continuação do planeta como um todo, esse lucro é benéfico a curto prazo, porém prejudicial--e muito!-- à longo prazo.
E nesse panorama um tanto tenebroso surgem as pessoas cujo gênio irascível, cuja maneira de ver o mundo é totalmente singular com relação a outrem. Não posso dizer como se chega ao estado de plena liberdade, pois a liberdade dá escolhas e as pessoas escolhem fazer determinadas coisas que podem até mesmo privar da liberdade inicial ao fazer aquela escolha. A isso nomeamos "compromisso" ou "contrato". É quando se "abdica" (na verdade, é o próprio livre-arbítrio que prende o indivíduo) de parte da irrestrita e completa liberdade para obter alguma vantagem, em troca de uma responsabilidade.
Nossa sociedade necessita de pessoas que saibam ser livres; que, além de obterem ou nascerem com esse "gênio" irascível, acima exposto façam uso dele pra questionar, pra indagar, pra melhorar essa sociedade que é fadada à um final eminente. E, mais: que assumam compromissos para com as gerações vindouras em manter a nova sociedade em período de pré-infância, mas cujos os expoentes já são claros.

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