À procura... À procura...À procura...

Parte I--Em busca da sabedoria

Jeito de ser feito é como deve ser feito,
A morte sai de si e exerce seu direito
A história do mundo, refaz-se.
E tudo se vê; Tudo que se almeja atraí-se!

Em si mesmo está a resposta
Do litoral à costa
Do mar ligeiro ao oceano inteiro
Do pólo Sul ao seu oposto
Até fora desse pardieiro!
Tentou-se procurar.

Os brados ecoados
Por todos os lados
Já não tem sentido aos ouvidos
Já são passado e o futuro brilha

A morte deixa rastro onde atua
Vê-se muito:
Daqui até muito além da Lua!
Mas com ou sem intuito
Esteve-se longe da resposta crua

Parte II-- Encontro com parte da verdade
(e continuação da busca)
Em palidez, a vejo nua!
Não esquenta o tempo nenhum lamento
Não se força o vento a contento...
"A lamúria só gera mais e mais lamúria"!!
E não adianta se estagnar na busca.
Pois a verdade é grande...

Muitos tentaram achá-la
Recuperá-la
Pregá-la
E o conhecimento eterno fez-se
Eterno até um novo,
Mais amplo reergue-se

E tenta-se chegar ao Sol,
Procura-se no Sul.
Porcura-se no Norte.
E o povo se acovarda...

Enquanto a multidão aguarda,
Alguns a sabedoria espalham...
E não mais se atrapalham.
Se falham ou não:
O que importa é estar no caminho
Indo em frente;
Assim nunca se está sozinho

E vê-se o lamento
Junto com a gratidão
Qual das duas faz melhor?
Qual das duas a multidão traz?

Prefira a gratidão à lamúria
O Ângulo muda
Só com essa mudança de fúria:
--A fúria contra pela fúria à favor de.--
A vista limpa,
Como água cristalina de fonte
Já não se preoucupa
Já se agradece pelo serviço aos montes

Parte III-- Lição do vento

Sinto o vento
Repleto, ligeiro, não o ostento.
Ninguém o ostenta!
Não se controla o vento
Por onde se passa
A procura se refaz...

A procura pelo controle do vento
não se fará com tempo.
Não se fará, com ou sem lamento.
Segue-se em procura do controle do vento!

Há quem o controle;
Mas por pouco tempo
Já as grandes correntes de ar
Ninguém as pode mandar
Afinal, até onde o vento pode chegar?
Grande corrente de ar, por todo lugar....

Segue-se a história viva
O vento, assim como a luz, alivia
Mas como a luz não a alumia.
E assim escreve-se a carta de alforria...

A alforria da Natureza em relação ao homem!

Parte IV-- Triste panorama....

Imagine você
Que fosse livre
De clara lentidão
Ou de rápida revolução
Com suas leis próprias
Com sua própria menção...

Que pudésseis saber de tudo
E sem saber de nada,
com um grande absurdo!
Surdo e alegre, em terra multi-habitada!
Em que tudo fosse tão claro,
Que se pudesse saber o que lhe é ou não caro...

Que suas cores fossem as de lá
E as cores de lá fossem suas
E que de lá fosse rei e servo
Que fosse seu lar e sua criação
Pois você ditava a evolução...

E de repente, sua obra-prima
Sua magnífica criação
Lhe estudasse até que de tudo soubesse
Para lhe arrancar sua dominação...

E não fosse só isso:
Te destruísse com gás e mais intoxicações...
Dera tudo para a vossa criação
Como agir então?

Se eu fosse
Trataria de dar uma correção
Destruiria boa parte
E traria aos outros, salvação
Aos que se indignassem com a arcaica situação
Um novo mundo surgiria então...

E suas criaturas rebeldes
Traria destruição...
Agora imagine que fosse a Natureza...
afinal não é este o triste panorama?

Parte V -- luz/fogo

E fez no céu um clarão
Foi-se embora a escuridão
Ciência, porém, à ganância dominou
E assim fez-se a morte
Com seu reino sombrio

Sem sorte
Só, no frio...
Aprendeu a dominar
A arte do tiro/espada
E a matar
Só por sobrevivência...

Depois, a luz que dominava
Não dominou seu coração
Fez de tudo horror:
Começou a dominar seu irmão...
E correu sangue pelo chão,
Sem aperto no coração.

A morte se fazia
Em Noite escura e fria
E a má sabedoria se comprazia.
Agora, a luz vai a tudo guiar...
e pra infelicidade não haverá lugar,
Mas há que se aceitar.

Há de se aceitar a luz que virá...